terça-feira, 8 de outubro de 2013

UFC Fight Night - Maia X Shields

Essas últimas semanas estão sendo extremamente conturbadas para mim, o que reflete, obviamente em minha produção do blog. Semana passada passei literalmente em branco, não conseguindo publicar nada. Foi a 1ª vez que isso me aconteceu desde que comecei o blog. Essa semana continuo na correria, mas vou conseguir publicar algo.

Como teremos evento do UFC nesse meio de semana, resolvi dar uns palpites sobre as lutas. Como meu tempo continua meio escasso, só vou fazer meus prognósticos para algumas lutas, mas sem comentar.

Palpites:

1 - Demian Maia X Jake Shields: Vitória de Demian Maia por finalização;

2 - Erick Silva X Don Hyun Kim: Vitória de Erick Silva por finalização;

3 - Thiago Silva X Matt Hamill: Vitória de Thiago Silva por nocaute;

4 - Fabio Maldonado X Joey Beltran: Vitória de Maldonado por decisão;

5 - Rousimar Palhares X Mike Pierce: Vitória de Mike Pierce por nocaute;

6 - Raphael Assunção X TJ Dillashaw: vitória de Assunção por finalização.

Amanhã saberemos e quinta volto com os resultados.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013 - Final

Tudo bem, sei que já acabou faz quase uma semana, mas não deu para escrever antes e, como já havia escrito sobre o 1º final de semana do evento, resolvi fazer alguns rápidos comentários sobre seu final.

Como era de se esperar, alguns shows interessantes e outros uma completa porcaria. Pelo menos teve mais rock do que no 1º final de semana. Vou me abster aqui de comentar das bandas de metal que eram as mais esperadas por grande parte do público. Iron Maiden, Metallica e Slayer fazem sempre o que se espera deles e todo mundo conhece ou já viu por aqui antes.

Do que vi, um dos que me chamou a atenção negativamente foi Kiara Rocks. É uma banda nacional de metal. Horrível. Os caras misturam inglês com português em suas músicas, deixando o que já é ruim, bem pior. Outro que foi pavoroso foi um tal de Philip Phillips. Ex-participante do American Idol. Só isso já deveria ser suficiente para desqualificar imediatamente o sujeito. Mas que nada. Para piorar e muito sua apresetação, fez covers medonhos de Thriller, do Michael Jackson e Let´s Get it On, do Marvin Gaye, que certamente estão se revirando no caixão até agora. Outros de lascar foram Matchbox Twenty e Nickelback. Duas drogas. Mas tudo pode (sempre) piorar, e os piores shows da 2ª parte do evento, sem dúvida alguma foram uma aberração chamada Ghost (chatíssimo. Quiseram fazer algo teatral, mas só encheram o saco de quem asssitiu) e... Bon Jovi. Isso mesmo. Cantou mal, desafinou e foi muito sem graça. Sempre achei o Bon Jovi um mequetrefe e ele me provou isso mais uma vez. Fraquíssimo!

Para mim, os melhores momentos do Rock in Rio 2013 foram, além do Living Colour semana passada, as apresentaões de Ben Harper com Charlie Musselwhite que deram uma verdadeira aula de rock e blues no palco sunset e, obviemente, o show do patrão "The Boss" Bruce Springsteen, que mostrou como se faz.

Já tinha visto pesoalmente um show do Ben Harper em Curitiba na única vez em que o extinto Free Jazz Festival aconteceu aqui nos anos 90. Foi na mesma noite da lenda do Jazz e um dos melhores saxofonistas de todos os tempos, Wayne Shorter. Naquela época e sempre depois disso, achei Ben Harper sem graça e superestimado por alguns. Mas agora não. Sua apresentação nesse Rock in Rio foi fantástica. Confira o que digo aqui e aqui.

De Bruce Springsteen nem há muito o que falar. Simplesmente a melhor apresentação do Rock in Rio 2013 em sua totalidade. Engoliu todos os outros. Bruce Springsteen é um exemplo de artista sério e que respeita seu público. Desde os anos 70 tem uma carreira e discografia sólidas e mostra que não precisa fazer firulas nem gracinhas no palco para dar show. Espetacular. Veja aqui sua apresentação completa.

Sensacional, hein? Foi o que valeu de verdade.

E você, o que achou?


terça-feira, 24 de setembro de 2013

UFC 165 Jones X Gustaffson - Comentários

OK. Disse que ontem voltaria e comentaria o evento de sábado passado, mas me foi impossível. Na verdade está sendo bem complicado para manter o blog atualizado. Tem faltado tempo e, como escrevo sozinho, não consigo publicar todos os dias da semana, como antes.

Mas, vamos ao que interessa. Apontei aqui 6 resultados para as lutas de sábado e acertei 5. Ótimo aproveitamento. Agora, em relação à maneira como os resultados se dariam, consegui a proeza de errar todos. Outra falha minha foi em relação à presença de outro brasileiro que acabei esquecendo: Michel Prazeres, o Michel Trator, que fez bonito e derrotou Jesse Ronson em decisão dividida.

Na 4ª luta da noite, marquei vitória de Renee Forte sobre John Makdessi. No fundo achava que Makdessi iria ganhar, mas mesmo assim apostei em Renee Forte, que foi nocauteado humilhantemente no 1º round.

No 7º duelo da noite, o estreante Wilson Reis venceu o perigoso Ivan Menjivar por decisão unânime. Estreou bem Wilson Reis.

Já no card principal, acertei meus palpites nas vitórias de Khabib Nurmagomedov sobre Pat Healy e na vitória de Brandan Schaub sobre Matt Mitrione. 

Nurmagomedov, apesar da vitória, vem se apresentando não muito bem. Suas lutas anteriores foram ótimas. As duas últimas, chatas e burocráticas. Venceu seu oponente, mais uma vez, nos pontos.

No confronto dos pesados, vitória de Schaub por finalização. Outra luta meio fraca de 2 lutadores fracos. Sem maiores comentários. Qualquer um dos dois poderia ter ganho, mas Schaub, que é um pouquinho melhor que Mitrione, levou a melhor. Aplicou um estrangulamento com um triângulo de mão invertido ainda no 1º round.

O que interessava mesmo eram as 2 últimas lutas da noite, ambas com defesa de título.

O brasileiro, campeão interino dos galos, Renan Barão, enfrentou Eddie Wineland. Wineland não é moleza. É ótimo striker e luta muito duro, conseguindo equilibrar as ações no 1º round. Acontece que Renan Barão está sobrando em sua categoria. Voltou para o 2º round e logo liquidou a fatura. Aplicou um chute rodado em Wineland que o fez despencar. Barão não perdeu tempo. Partiu para cima de Wineland atordoado no chão e o nocauteou deitado. Espetacular.

Renan Barão e o chute que derrubou Eddie Wineland


Agora Renan Barão espera para ver se o campeão afastado há 2 anos por lesão, Dominick Cruz, dá o ar de sua graça e aparece para lutar. O patrão Dana White já avisou que vai marcar um confronto entre os 2 para o começo do ano que vem. Se Cruz ainda estiver machucado, perde o cinturão definitivo para Barão. Na minha opinião, se ele lutar contra Barão vai perder de qualquer maneira.

Na última e mais importante luta da noite, o campeão dos meio-pesados Jon "Bones" Jones enfretou o sueco Alexander Gustaffson em luta que valia o título. Todo mundo já sabe o resultado, então não vou descrever a luta em si, mas sim fazer alguns apartes em relação ao que aconteceu.
 
Escrevi aqui que entendia que Jon Jones venceria Gustaffson por finalização e que a única alternativa do sueco seria fazer o que ninguém teve coragem de fazer. Chegar perto e bater em Jon Jones. Para surpresa de muitos, inclusive eu, foi exatamente isso que ele fez. Com uma ótima defesa de quedas, conseguiu impor o maior sufoco da carreira de Jon Jones até agora. Além disso, Gustafsson fez outra coisa que até hoje ninguém havia conseguido: aplicar uma queda no campeão. E logo no 1º round. Gustaffson acertou bem Jon Jones no rosto, chegando a tirar bastante sangue dele, provando que seu jogo em pé foi muito efetivo. 

Gustaffson (esq.) tenta se desvincilhar de Jones


Então, o que faltou para a vitória de Gustaffson? Faltou feijão. Isso mesmo. Pegando emprestada uma expressão comum para evidenciar que faltou força. Se Gustaffson batesse com mais força, teria nocauteado Jon Jones. Vamos dar um exemplo. Se Gustaffson tivesse a força do Shogun, teria sido o vencedor sem passar pelos juízes. Os juízes erraram? Roubaram para o americano? Na minha opinião, não. Quando a decisão vai para os jurados e o combate é parelho, tudo pode acontecer. Gustaffson ganhou claramente o 1º e 3º rounds. Jon Jones venceu o 2º e 5º. O X da questão foi justaente o 4º round, que estava sendo vencido por Gustaffson, até aquela cotovelada de Jon Jones que o desequilibrou. Isso definiu o combate.

Mas, muito mais que o resultado em si, o que fica são algumas impressões. 

- A 1ª, é que ficou claro que Jon Jones não é uma máquina invencível. Mostrou fragilidades e pontos fracos que até então não haviam aparecido. Façam um comparativo com o Anderson. Apesar de ter perdido de maneira ridícula para Weidman e da 1ª luta contra Sonnen, nunca ninguém fez contra ele o que Gustaffson fez com Jones.

- Então esse Gustaffson é o melhor e o único que pode derrotar Jon Jones? Claro que não. Lembrem-se da luta dele contra o Shogun. Lutou com um Shogun fora de forma e que ficou parado o tempo todo e mesmo assim só ganhou por pontos. Isso quer dizer que ele não tem tanto poder de nocaute. Se tivesse, teria derrubado Jones na porrada. Dá para dizer que Alexander Gustaffson ganharia fácil de Lyoto Machida? Em hipótese alguma. Acho que Machida ganharia dele.

- E Jon Jones? Sem as quedas e cotoveladas não sobra muita coisa, certo?

- Quem é o próximo da fila? Teoricamente seria o brasileiro Glover Teixeira, mas tem toda pinta de que ele será preterido em favor de uma revanche entre Jones e Gustaffson. 

Vamos aguardar os desdobramentos.



quinta-feira, 19 de setembro de 2013

UFC 165 Jones X Gustafsson - Palpites

Mais um evento do UFC e mais uma disputa de título. No próximo sábado 21/09, acontece no Canadá um evento muito interessante com direito a disputa de 2 títulos: o dos meio-pesados e o interino dos galos. Além dessas, algumas outras lutas merecem atenção, principalmente quando envolvem brasileiros.

Sem maiores delongas vamos aos combates e meus prognósticos para eles:

1 - Jon Jones X Alexander Gustafsson. Por mais que ache que Jon Jones está cada vez mais metido e por mais que torça contra, entendo que ainda não vai ser agora que vão derrotá-lo. O sueco Gustafsson é até bom lutador, mas não deve ter muita chance contra o campeão. Gustaffson é um nocauteador nato, mas sua única derrota foi por submissão, justamente a especialidade de Jones. Jon Jones também tem apenas uma única derrota, mas por desclassificação por golpe ilegal, ou seja, até agora ninguém ganhou mesmo do cara. A única chance de Gustaffson é fazer o que ninguém nunca fez. Ter a coragem de acertar Jon Jones de jeito e com  força. Tamanho para isso ele tem, tendo a mesma altura (mas menos envergadura) que Jon Jones. O problema é que todos já entram com medo e, portanto, derrotados, para enfrentar Jon Jones, o que facilita um bobado as coisas para ele. Quanto mais vitórias ele acumula, mais invencível parece. Vejam o caso do Anderson. Até outro dia parecia invencível, até que alguém foi lá e o superou. 

Palpite: Vitória de Jon Jones por finalização.


2 - Renan Barão X Eddie Wineland. Se fosse americano, Renan Barão provavelmente já teria recebido o cinturão definitivo dos galos, já que o campeão Dominick Cruz parece que não retorna nunca. Agora Barão terá que enfrentar, ainda como campeão interino, Eddie Wineland, dos EUA. Entendo que Wineland não vai ser páreo para Barão. Renan só precisa tomar cuidado com a trocação do americano, que foi como ele conseguiu a maioria de suas vitórias.

Palpite: Vitória de Renan Barão por finalização.


3 - Brandan Schaub X Matt Mitrione: O que esperar desse confronto? Não muito, certo? Os dois são trocadores e os dois já perderam para o Roy Nelson por nocaute. Para Mitrione pesa negativamente o fato de ter perdido para Cheik Kongo, que é uma espécie de saco-de-pancada dos pesados que nem luta mais pelo UFC.

Palpite: Como já lutou com adversários mais qualificados que seu oponente, aposto em vitória de Brendan Schaub por nocaute.


4 - Pat Healy X Khabib Nurmagomedov: Essa sim uma luta que deve valer a pena na categoria peso-leve. Healy que só fez uma luta sem resultado pelo UFC enfrenta o russo Nurmagomedov. Nurmagomedov é um fenômeno com 20 vitórias em 20 combates. É um lutador extreammente ágil, técnico e agressivo. 

Palpite: Vitória de Khabib Nurmagomedov por finalização.


5 - Ivan Menjivar X Wilson Reis: Estréia do brasileiro Wilson Reis no UFC. Especialista em Jiu Jitsu, enfrenta o experiente Ivan Menjivar pelos galos. Menjivar é muito mais esperiente que Reis e sua especialidade é a luta agarrada, onde conseguiu a maioria de suas vitórias por finalização. Entendo que seu jogo case bem com o de Wilson Reis. Se a luta transcorer no solo, o brasileiro tem ótimas chances. O salvadorenho deve saber disso e, portanto, tentar levar a luta em pé. Reis, como especialista em Jiu Jitsu deve colocar para baixo e finalizá-lo. Promete ser uma luta dura.

Palpite: Vitória de Wilson Reis por finalização.


6 - John Makdessi X Renee Forte: Outra luta envolvendo um brasileiro. Renee Forte enfrenta o pergioso americano nocauteador John Makdessi. Forte é finalizador e deve fazer de tudo para levar a luta para o solo, já que Makdessi é nocauteador e ele não. Se conseguir tem boa chance, já que vem de vitoria sobre o Terry Etim, que é muito bom lutador. Luta de prognóstico difícil.

Palpite: Vou apostar em Renee Forte só para ser patriota. Derrota Makdessi por decisão.

Segunda-feira volto com os resultados.  


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013 - 1ª Parte

Bem, como falei anteriormente, caso houvesse algo de interessante nessa 1ª parte do Rock in Rio, voltaria e comentaria a respeito. Para dizer a verdade, dei uma olhada geral e minha opinião não mudou. O line-up é, no geral, péssimo. Mas, se prestarmos atenção e tivermos a mente aberta, quase sempre conseguiremos tirar algo de positivo. Dos 3 dias até agora do festival e considerando apenas os palcos Mundo e Sunset, consegui extrair o seguinte: 

- 1º Dia, 13/09. Como já era de se prever, Rock in Rio com Beyoncé como nome principal do dia não dá. Aqui nem é questão de se gostar ou não de rock, mas sim de música. Ivete Sangalo e Beyoncé não fazem música, apenas conseguem produzir alguns sons e ruídos desagradáveis ao ouvido humano. Mas, como tudo tem (ás vezes) um lado bom, o Living Colour salvou o dia para quem realmente gosta de música. Os caras estão na ativa desde 1984 e tocam muito, fazendo um som bem característico, misturando hard rock com influencias de Soul, Rythm and Blues e Funk (o verdadeiro e não esse lixo do Rio de Janeiro que nem funk é, mas sim um sub-rítmo chamado Miami Bass Sound), além de tocarem demais. Confira aqui 2 bons momentos no Rock in Rio 2003 com Cult of Personality e Middle Man.

- 2º Dia, 14/09. Suposto dia com rock de verdade. Quem acreditou na promessa entrou pelo cano. Começou com o onipresente Capital Inicial e logo após veio a bandinha adolescente 30 Seconds to Mars, liderada pelo ator medíocre Jared Leto. Nem dá para considerar esses caras, que só enganam meninas de até 16 anos de idade. Para tirar um pouco do foco de seu som porcaria, os caras fizeram uma série de estripulias no palco, com direito a tirolesa, performances circenses e a indefectível camisa da seleção brasileira. 

Na sequência, finalmente algo que vale um comentário. Era a vez da banda Florence and The Machine, liderada por Florence Welch. Posso dizer que Florence and the Machine faz um som bem interessante. Um pop/rock/alternativo/indie realmente agradável. A vocalista Florence Welch canta muito bem e é talentosa. É perceptível suas influências em nomes como Patti Smith e Debbie Harry. Achei também, em alguns momentos, certa semelhança com artistas mais antigos, dos anos 60. Em certas músicas me lembrou (com ressalvas) o estilo vocal de Grace Slick com uma sonoridade que me fez referências sutis ao Fairport Convention e sua ótima vocalista Sandy Denny. Talvez eu esteja exagerando, mas algo nela me deu uma sensação de "já ouvi isso antes." Quem entender mais do assunto, dá uma olhada na apresentação do Florence com Only If For a Night e Cosmic Love e me diga se estou falando muita besteira.

A noite foi fechada com a banda Muse. Nunca tinha ouvido falar e provavelmente nunca comprarei um disco dos caras, mas o fato é que foi um bom show, apesar do playback em certos momentos. Os caras fazem um som bem interessante e de qualidade. Diria que é uma fusão de progressivo com glam e eletrônica, fortemente influenciada pelo Radiohead e Smashing Pumpkins. Não vou dizer que 100% das músicas apresentadas foram excelentes, mas certamente os caras mostraram ótimos momentos e bem convincentes. O destaque é para o guitarrista/vocalista Matthew Bellamy, que canta bem e se vira com habilidade na guitarra. O fato dos caras terem tido sua músicas como trilha dos filmes da saga infantilóide Crepúsculo não diminui em nada suas qualidades. Confirme o que digo em Supermassive Black Hole e Knights of Cydonia

- 3º Dia, 15/09. Mais do mesmo do 1º dia. Atração principal Justin Timberlake? É brincadeira. No palco Mundo só vergonheira. O que salvou o dia foi a brilhante apresentação do mestre George Benson com Ivan Lins. Essa é só para quem gosta de Jazz e MPB mesmo. Rock aqui, nem pensar. Confiram mais de meia-hora da apresentação dos caras aqui.

O Rock in Rio 2013 recomeça na próxima quinta-feira 19/09 e promete melhorar as coisas para quem acha que em um evento que tem o termo rock no nome tem que ter rock no palco também. 
   

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013

Chegou o dia. Hoje, 13 de Setembro de 2013 começa a 5ª edição do festival no Brasil. Parace óbvio, mas já ocorreram 12 edições do Rock in Rio, sendo 4 no Brasil, 5 em Portugal, e 3 na Espanha. Para o ano que que vem já estão agendadas mais uma edição em Portugal e uma na Argentina. 

O 1º Rock in Rio, de 1985, pode ser considerado, a grosso modo, como o Woodstock brasileiro. Até então, a America Latina não era destino popular para artistas de renome internacional. Uma exceção foi o Queen, que havia tocado em São Paulo em 81, em uma apresentação antológica. Para o Rock in Rio I, seu idalizador, Roberto Medina, construiu um local próprio para o evento, a Cidade do Rock, em Jacarepaguá. 
Qualquer um que entenda um pouco do assunto e tenha memória (e idade) sabe que o Rock in Rio nunca foi apenas Rock'n Roll. Tanto é que em 85 vários artistas que não eram de Rock tocaram no evento. Alceu Valença, Ivan Lins, Moraes Moreira e Elba Ramalho não são nem nunca foram roqueiros. Do time internacional, nomes como Al Jarreau e George Benson também nada tinham de roqueiros. Por outro lado, vieram nomes de peso internacional que estavam em turnês ou então divulgando novos trabalhos. E o mais importante: eram legítimos representantes do rock. Nomes como AC/DC, Iron Maiden, Queen, Yes, Scorpions, Whitesnake e Ozzy Osbourne fizeram a história do festival.

6 anos mais tarde, em 91, foi realizada a 2ª edição do festival. Dessa vez foi usado o Maracanã e não a Cidade do Rock. Claramente mais fraco que o primeiro, o Rock in Rio II conseguiu emplacar bons momentos com artistas que estavam no auge nessa época, como Guns'n Roses e Faith no More. Outros nomes a se apresentar foram INXS, Judas Priest, George Michael e Billy Idol. Sepultura, Titãs, Engenheiros do Hawaii, Biquíni Cavadão e Lobão são alguns dos representantes do rock Brasil que por lá se passaram. Como não poderia deixar de ser, no Rock in Rio II alguns artistas que de roqueiros não tem nada também mostraram sua cara, como Debbie Gibson e Dee Lite.      

2001. Depois de um hiato de 10 anos, o Rock in Rio volta à sua terra natal. Para o Rock in Rio III foi construída uma nova Cidade do Rock, com maior capacidade que a original. Foi aqui também que começou a palhaçada. Além do palco principal, vários outros também foram construídos para abrigar outros estilos de música. Na verdade eram chamadas de "Tendas". Havia para todos os gostos: tenda eletrônica, tenda para música nacional, tenda para música africana e assim por diante.  Desse, porém, me lembro bem, até porque ocorreram alguns momentos bem interessantes e outros tantos constrangedores. O mais interessante foi a reação dos metaleiros ao show de Carlinhos Brown. Não sei quem foi o gênio que escalou o baiano para tocar na noite do metal. Carlinhos foi recebido e tocou boa parte de sua apresentação de baixo de uma chuva de copos e garrafas. Os maiores constrangimentos, ficaram a cargo de artistas detestáveis e que niguém em sã cosciência pode se dizer fã, como Britney Spears e Sandy e Júnior! As maiores vergonheiras, é claro, ficaram por conta de meia dúzia de artistas brasileiros que em cima da hora resolveram boicotar o festival por não concordarem com seus horários de apresentção ou outros motivos menos nobres. Foram eles: O Rappa, Skank, Cidade Negra, Jota Quest, Raimundos e Charlie Brown Jr. Com certeza o público que foi até lá ficou decepcionadíssimo e saiu chorando ante so boicote dos citados. O melhor momento, para mim, foi sem dúvida a memorável apresentação de Neil Young. 

Mais 10 anos se passaram e, em 2011, o Rock in Rio volta pior do que nunca. Nomes como Marron 5, Rihanna, Shakira, Kate Perry, NX Zero, Marcelo D2, Ivete Sangalo e Claudia Leitte, emporcalharam de vez com o festival. De positivo a presença do Motorhead e Metallica, para fãs de metal e Lenny Kravitz, Stevie Wonder, Jamiroquai e mais um ou outro gato-pingado.

Em 2013 o Rock in Rio volta com a promessa de muita porcaria para mostrar para quem não gosta e nem entende absolutamente nada de música. Certa vez o crítico de música Régis Tadeu disse que quem vai a festivais não gosta de música, mas sim de festival. Ele está certíssimo. Dadas as atrações que irão se apresentar a partir de hoje, o que já foi um dia chamado de Rock in Rio, deveria mudar seu nome para Pop in Rio, Music in Rio ou Rio Fest para fazer jus à seleção desta edição.

A abertura oficial do Rock in Rio V (2013) será feita pela Orquestra Sinfônica Brasileira! Depois, alguma babaquice pro Cazuza, chamada Cazuza - O Poeta Está Vivo. Originalidade zero. Quantas homenagens mais esse "gênio" precisa? O festival propriamente dito terá como primeira atração a "rock star" Ivete Sangalo, seguida de David Guetta, para o encerramento da maior "diva" do rock atual, a herdeira natural de Janis Joplin, Beyoncé! Só pode ser brincadeira. Mas não é. E o pior é que os ingressos se esgotaram apenas 4 horas após o início de sua oferta. Outros nomes de peso do "verdadeiro rock" que passarão pelo palco principal (Mundo) serão: Justin Timberlake, Jessie J, Alicia Keys, Skank e Jota Quest.

De positivo apenas os indefectíveis Iron Maiden, Metallica e Slayer para quem gosta de metal. Quem não quiser saber de metal nem das porcarias do 1º dia, tem (talvez) boas opções nas apresentações de Bon Jovi e Bruce Springsteen que, se não me engano, vem ao Brasil pela primeira vez. 

No palco Sunset, algumas atrações que podem valer mais a pena que as do palco Mundo, como Living Colour, George Benson, Pepeu Gomes com Moraes Moreira e Sepultura + Zé Ramalho.

As TVs fechadas devem transmitir boa parte do que rolar nos palcos e, se tiver alguma coisa que mereça algum comentário, volto ao tema Rock in Rio. 

No mais é aquela coisa... quem vai a festival gosta de festival e não de música, certo? Pelo menos, dessa vez, não chmaram a Claudia Leitte! 



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

UFC Glover vs. Bader

Como já havia adiantado aqui, nessa quarta-feira que passou (04/09), Belo Horizonte recebeu pela 2ª vez o UFC. Como nã poderia deixar de ser, em todas as lutas houveram brasileiros. Como estava viajando e só cheguei em casa bem depois do início da programação, não consegui nem fazer prognósticos e nem assistir ao card preliminar. Vou fazern então alguns comentários sobre o card principal que contou com 6 combates. Desses, os brasileiros obtiveram sucesso em 50%, ou seja, apenas 3 vitórias para os lutadores da casa.

Vamos aos resultados.

1 - Marcos Vinícus, o Vina, perdeu por nocaute para o russo Ali Baugatinov. Em 3 lutas pelo UFC, o Vina só ganhou uma. É bom ficar esperto senão o Dana White dá o bilhete azul para ele, se é que não vai dar de qualquer maneira. Decepcionante. 

2 - Na sequência, a 2ª luta do card preliminar. Rafael Natal, o Sapo, enfrentou o sueco Tor Troeng, pelos médios. Grande luta de Sapo que, lutando em casa e com o apoio em massa da torcida, fez bonito e venceu o sueco. Sapo, nos 2 rounds iniciais foi fantástico, conseguindo aplicar 2 knockdowns (um em cada round) em Troeng e dominar totalmente o combate. No 3º round, o sueco lutou um pouco melhor, mas nada que pudesse ameaçar a vitória de Rafael Natal. Foi uma luta difícil, onde Sapo enfrentou o melhor peso-médio da Suecia que era bem mais alto e com mais envergadura do que ele. Mesmo assim Sapo não tomou conhecimento e derrotou Troeng com propriedade.

Tor Troeng (em pé) em uma das raras ocasiões em que levou vantagem sobre Sapo
3 - Logo depois, mais um fracasso brasileiro. Francisco Trinaldo, o Massaranduba, foi finalizado absurdamente com uma kimura pelo polonês Piotr Hallmann, no 2º round, depois de quase ter vencido no 1º. Uma lástima.

4 - Na quarta luta do card principal, duelo na categoria mosca, entre Jussier Formiga e Joseph Benavidez. A categoria mosca é muito imprevisível, com seus lutadores muito rápidos e ágeis. Não dá para bobear um segundo sequer. O brasileiro bobeou e foi nocauteado por Benavidez, o 1º do ranking na categoria. Formiga, embota entre os 10 melhores da categoria (até o combate era o 5º), é bom botar as barbas de molho, já que essa é sua 2ª derrota seguida.

5 - Se as 2 lutas anteriores foram decepcionantes, dessa não dá para reclamar. Ronaldo Souza, o Jacaré, enfrentou Yushin Okami, do Japão. Okami é meio subestimado, mas é um grande lutador, e estava na 3ª colocação no ranking dos médios. Mas Jacaré, que fazia apenas sua 2ª pelo UFC não quis nem saber. Partiu para cima desde o início e pegou Okami de jeito. Antes do 3º minuto de luta acabar, o brasileiro já o havia nocauteado. Vitória espetacular. Já falei isso aqui e repito. Jacaré é o futuro campeão dos médios. Se lutasse contra Weidman, o venceria com sobras.

Jacaré esmaga Okami contra a grade
6 - Na luta principal, duelo entre Glover Teixeira e Ryan Bader, pelos meio-pesados. Antes da luta, Bader falou que iria ganhar e nocautear, mas acho que nem ele acreditava nisso. Foi um combate muito intenso e bastante interessante. Resumo da coisa: Glover nocauteou Bader antes de 3 minutos de luta. Acontece, porém, que ele deu algumas bobeadas feias e também foi ameaçado, chegando a tomar um knockdonw pouco antes de nocautear Bader. Ao final da luta, Glover estava chateado com ele mesmo pelo excesso de confiança e por cometer alguns erros que poderiam ter custado caro. É bom pensar assim mesmo, já que na próxima deve enfrentar o vencedor do duelo entre o campeão Jon Jones e o sueco Alexander Gustafsson, que ocorre no próximo dia 21/09. Deve dar Jones, mas nunca se sabe. O importante, para Glover é estar ciente de que tanto Jones quanto Gustafsson são muito melhores e mais qualificados que Bader e que ele terá uma parada muito mais dura. Vale lembrar que Glover não perde desde março de 2005, com 20 vitórias seguidas. 

Glover amassando Bader no solo
 Dia 21/09 terá um evento que promete, com duas disputas de título na mesma noite. Jon Jones X Alexander Gustafsson, pelos meio-pesados e Renan Barão X Eddie Wineland, pelo interino dos galos.