sexta-feira, 28 de junho de 2013

Curitiba Gastronomia - Babilônia

Dando sequência nas análises dos restaurantes em Curitiba, trago hoje o Babilônia Gastronomia. Quando surgiu em 2003, o Babilônia inovou enormemente, pois era 24 horas e misturava várias funções em um só local. Lá, o cliente poderia comer um sanduíche, escolher um vinho e comprar diversas opções de revistas. Ainda hoje é assim, mas, com o passar dos anos foi evoluindo constantemente, acompanhando as tendências de mercado e exigências dos consumidores. Hoje em dia, você pode encontrar no Babilônia desde sorvetes até comida tailandesa, passando por opções japonesas, pizzas, sanduíches, massas e carnes. Outra coisa interessante é que o Babilônia serve café-da-manhã entre as 4hs e as 11hs. Além disso, o Babilônia, que teve sua 1ª unidade inaugurada no Batel, conta agora com mais 4 endereços (3 em Curitiba e 1 em Blumenau/SC).

AMBIENTE: Aqui vou generalizar, já que não fui em todas as unidades, apenas Batel, Cabral e Shopping Mueller. Mas dá para considerar o ambiente bem bom, totalmente adequado à proposta do restaurante. Sem luxos ou frescuras, sua decoração é de bom gosto, adotanto um estilo bem contemporâneo, tornando o ambiente agradável e confortável.

ATENDIMENTO: Dentro do que se espera nesse tipo de restaurante. É bom. E só. Os garçons atendem bem e com presteza. Como não é um restaurante "de autor" ou "gourmet", a descrição dos pratos no cardápio é auto-explicativa.

COMIDA: Razoável. Longe de ser medíocre e nem de longe podendo ser considerada ruim, mas nada brilhante. Quase sempre optei pelos sanduíches, mas existem outras boas opções como batata suíça, algumas massas. Nunca experimentei os pratos japoneses ou tailandeses, já que não são minhas cozinhas preferidas. Também não aconselho os pratos de carne. Os que provei achei fracos e a carne parecia que havia sido descongelada forçosamente antes de chegar ao meu prato. Os sanduíches são bons, mas nem se comparam com os do Madero, apesar do preço semelhante.

PREÇO: Está de acordo com o que é servido. Não dá para considerar barato, mas também não é caro.


Classificação final:

Ambiente:       * * * * 
Atendimento:  * * * *
Comida:         * * * 
Preço:            * * *

Entenda a classificação:

Ótimo      =  * * * * * 
Bom         =  * * * *
Regular    =  * * *     
Ruim       =  * *       
Horrível   =  *      

Conclusão final: Vale a pena dar uma visitada de tempos em tempos ao Babilônia. É uma ótima pedida também na madrugada, principalmente para quem busca ambiente e pratos elaborados, diferentes do cachorro-quente da esquina.

Obs. Analisei como um mero consumidor e não como crítico profissional ou especialista gastronômico, pois não é meu caso. Maiores detalhes aqui.

terça-feira, 25 de junho de 2013

O Turista Brasileiro



Há coisa de 3 semanas fiz uma viagem realmente prazerosa para Portugal, país que ainda não conhecia. Lá fiquei por uma semana. Um país belíssimo com uma herança histórica invejável. Seus monumentos com séculos de existência são magníficos. Seu povo está entre os mais educados, gentis e corteses que tive a oportunidade de conhecer.

Como sempre, o pior de tudo é a viagem em si. 10 horas de avião, a partir de SP são um pouco chatas. É claro que sempre pode ser pior. E normalmente é. Além das 10 horas de viagem existe um enorme agravante. Os brasileiros.

Tanto no avião, como nos aeroportos e nos destinos, há uma enorme quantidade dessa praga que se alastra de maneira alarmante pelo globo. Certamente o turista brasileiro é o pior de todos.

Grosseiro, mal-educado, irritante e barulhento, onde há palhaçada, vergonheira e baixaria pode apostar que existe um brasileiro no pedaço. Começa já no embarque. O sistema anuncia o vôo e pede para que determinado grupo de pessoas ou com assentos com numeração específica sejam os primeiros a embarcar no avião. Pura perda de tempo. Forma-se uma longa e desorganizada fila não se respeitando as instruções. Todos querem ser os primeiros a entrar para ficar mais tempo sem fazer nada durante o vôo.

Uma vez dentro do avião, começa a busca por algum lugar no bagageiro para colocar-se as bagagens de mão. Assim que conseguimos alojar nossos pertences, imediatamente somos brindados com o passageiro da poltrona da frente que imediatamente reclina seu encosto, mesmo sabendo que antes da decolagem, é pedido para que se retornem os encostos na posição vertical original. É claro que brasileiro nunca segue as instruções por livre e espontânea vontade. É necessário que um membro da tripulação peça para o babaca que levante o maldito encosto da poltrona. Assim que o avião levante vôo, o infeliz que se senta a sua frente reclina novamente o encosto. Esse fato durará até o momento da aterrissagem. O cara não levanta o encosto nem para comer.

Quando o avião aterrissa, é informado (em todos os vôos do mundo é a mesma coisa) que os passageiros devem permanecer sentados até que a aeronave pare por completo. O que acontece? A maioria dos passageiros imediatamente se levanta e começa a buscar suas bagagens de mão. É claro que, devido a sua falta de educação, tais passageiros são repreendidos por alguém da tripulação. Algo totalmente evitável.

Uma vez em solo e no seu destino, você deve prosseguir para a imigração. Ali, você só não terá sua vez na fila “furada”, porque as filas na imigração são organizadas e com um cordão que limita a fila e indica o trajeto até o guichê. Sempre haverá algum engraçadinho que, mesmo devendo seguir pelo espaço delimitado pelo cordão, tentará passar por baixo do mesmo para ganhar alguns segundos e não precisar percorrer todas as voltas na fila.

Assim que você “entra” de fato no país que está visitando, você acha que está livre e tranqüilo para desfrutar de suas merecidas férias. Isso só se tornará verdade caso não haja nenhum outro brasileiro hospedado em seu hotel. Se isso acontecer, você já sabe que vai se incomodar no café da manhã. 

O segredo para férias tanquilas é nunca, jamais – a não ser que seja sua única opção – viajar em excursão.

Na excursão você terá o desprazer constante da presença dos temidos turistas brasileiros que vão tumultuar suas férias.

Se você foi por conta própria e tiver sorte, pode conseguir evitar as excursões no geral e as de brasileiros em particular e ter férias sossegadas.

O chato é que o tempo passa rápido e logo é hora de voltar. Pode apostar que todo o desgosto da ida será revivido na volta.

Aliás, pode ser até pior. Dou um exemplo de algo que ocorreu comigo, na volta no aeroporto da cidade do Porto. Estava na fila do “Tax Free” para a devolução do valor da alíquota dos impostos locais que os turistas não precisam recolher.

A fila estava bem grande e fazia uma curva para a direita a partir do guichê. Civilizadamente me posicionei ao fim da fila. Por uma fração de segundo me distraí e a fila andou. Imediatamente formou-se nova fila justamente no espaço de 2 passos que ficou entre mim e a fila que andou. Protestei no ato e comecei a reclamar que uma atitude tão baixa como essa só poderia ser de brasileiros. Embora o babaca que tomou minha frente não tenha emitido nenhum som ou esboçado qualquer reação, apesar de minhas provocações, logo descobri que se tratava de um brasileiro.

E, adivinhe, fazia parte de uma maldita excursão.    
 
      

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Brincando de Revolução

Peço licensa a quem eventualmente me lê e a Rodrigo Constantino, para publicar uma ótima análise sua sobre os protestos e manifestações que vem ocorrendo no Brasil nos últimos dias. Essa é a 1ª vez que publico um texto que não é meu, mas devido ao tema e a abordagem extremamente lúcida, coerente e embasada de Constantino, resolvi publicá-lo. É exatamente disso que precisamos no momento, mais lucidez e menos comoção.

Brincando de Revolução
por Rodrigo Constantino

“A raiva e o delírio destroem em uma hora mais coisas do que a prudência, o conselho, a previsão não poderiam construir em um século.” (Edmund Burke)
 
Não vou sucumbir à pressão das massas. É claro que eu posso estar enganado em minha análise cética sobre as manifestações, mas se eu mudar de idéia – o que não só não ocorreu ainda, como parece mais improvável agora – será por reflexões serenas na calma de minha mente, e não pelo “linchamento” das redes sociais. 
 
Ao contrário de muitos, eu não vejo nada de “lindo” em cem mil pessoas se aglomerando nas ruas. Tal imagem me remete aos delicados anos 60, que foram resumidos por Roberto Campos da seguinte forma: “É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que no albor dos anos 60 este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’...” 
 
Eu confesso aos leitores: tenho medo da turba! Eu tenho medo de qualquer movimento de massas, pois massas perdem facilmente o controle. Em clima de revolta difusa, sem demandas específicas (ao contrário de “Fora Collor” ou “Diretas Já”), o ambiente é fértil para aventureiros de plantão. Um Mussolini – ou um juiz de toga preta salvador da Pátria – pode surgir para ser coroado imperador pelas massas. 
 
Alguns celebram a ausência de liderança, se é mesmo esse o caso. Cuidado com aquilo que desejam: sem lideranças, há um vácuo que logo será preenchido. As massas vão como bóias à deriva. E sem rumo definido, não chegaremos a lugar algum desejado. Disse Gustave Le Bon sobre a psicologia das massas:
 
Uma massa é como um selvagem; não está preparada para admitir que algo possa ficar entre seu desejo e a realização deste desejo. Ela forma um único ser e fica sujeita à lei de unidade mental das massas. No caso de tudo pertencer ao campo dos sentimentos, o mais eminente dos homens dificilmente supera o padrão dos indivíduos mais ordinários. Eles não podem nunca realizar atos que demandem elevado grau de inteligência. Em massas, é a estupidez, não a inteligência, que é acumulada. O sentimento de responsabilidade que sempre controla os indivíduos desaparece completamente. Todo sentimento e ato são contagiosos. O homem desce diversos degraus na escada da civilização. Isoladamente, ele pode ser um indivíduo; na massa, ele é um bárbaro, isto é, uma criatura agindo por instinto.
 
Muito me comove a esperança de alguns liberais que pensam que o povo despertou e que será possível guiá-lo na direção do liberalismo. Não vejo isso nos protestos, nas declarações, nos gritos de revolta. Vejo uma gente indignada – e cheia de razão para tanto – mas sem compreender as causas disso, sem saber os remédios para nossos males. Que tipo de proposta decente e viável pode resultar disso?
 
Estamos lidando aqui com a especialidade número um das esquerdas radicais, que é incitar as massas. Assim como a década de 60 no Brasil, tivemos o famoso e lamentável Maio de 68 na França, quando apenas Raymond Aron e mais meia dúzia de seres pensantes temiam os efeitos daquela febre juvenil. A Revolução Francesa, a Revolução Bolchevique, é muito raro sair algo bom desse tipo de movimento de massas. Os instintos mais primitivos tomam conta da festa. Por isso acho importante resgatar alguns alertas de Edmund Burke em suas Reflexões sobre a Revolução em França, a precursora desses movimentos descontrolados.
 
Não ignoro nem os erros, nem os defeitos do governo que foi deposto na França e nem a minha natureza nem a política me levam a fazer um inventário daquilo que é um objeto natural e justo de censura. [...] Será verdadeiro, entretanto, que o governo da França estava em uma situação que não era possível fazer-se nenhuma reforma, a tal ponto que se tornou necessário destruir imediatamente todo o edifício e fazer tábua rasa do passado, pondo no seu lugar uma construção teórica nunca antes experimentada?
 
Não se curaria o mal se fosse decidido que não haveria mais nem monarcas, nem ministros de Estado, nem sacerdotes, nem intérpretes da lei, nem oficiais-generais, nem assembléias gerais. Os nomes podem ser mudados, mas a essência ficará sob uma forma ou outra. Não importa em que mãos ela esteja ou sob qual forma ela é denominada, mas haverá sempre na sociedade uma certa proporção de autoridade. Os homens sábios aplicarão seus remédios aos vícios e não aos nomes, às causas permanentes do mal e não aos organismos efêmeros por meios dos quais elas agem ou às formas passageiras que adotam.
 
Se chegam à conclusão de que os velhos governos estão falidos, usados e sem recursos e que não têm mais vigor para desempenhar seus desígnios, eles procuram aqueles que têm mais energia, e essa energia não virá de recursos novos, mas do desprezo pela justiça. As revoluções são favoráveis aos confiscos, e é impossível saber sob que nomes odiosos os próximos confiscos serão autorizados.
 
A sabedoria não é o censor mais severo da loucura. São as loucuras rivais que fazem as mais terríveis guerras e retiram das suas vantagens as conseqüências mais cruéis todas as vezes que elas conseguem levar o vulgar sem moderação a tomar partido nas suas brigas.
 
São importantes alertas feitos pelo “pai” do conservadorismo. Ele estava certo quanto aos rumos daquela revolução, que foi alimentada pela revolta difusa, pela inveja, pelo ódio. Oportunistas ou fanáticos messiânicos se apropriaram do movimento e começaram a degolar todo mundo em volta. Se a revolução é contra “tudo que está aí”, então quem é contra ela é a favor de “tudo que está aí”. Cria-se um clima de vingança, revanchismo, que é sempre muito perigoso. As partes íntimas da rainha morta foram espalhadas pelos locais públicos, eis a imagem que fica de uma turba ensandecida. 
 
O PT tem alimentado há décadas um racha na sociedade brasileira. Desde os tempos de oposição, e depois enquanto governo (mas sempre no palanque dos demagogos e agitadores das massas), a esquerda soube apenas espalhar ódio entre diferentes grupos, segregar indivíduos com base em abstrações coletivistas, jogar uns contra os outros. Temos agora uma sociedade indignada, mas sem saber direito para onde apontar suas armas. Cansada da política, dos partidos, do Congresso, dos abusos do poder, as pessoas saem às ruas com a sensação de que é preciso “fazer algo”, mas não sabe ao certo o que ou como fazer.
 
E isso porque o cenário econômico começou a piorar. Imagina quando a bolha de crédito fomentada pelo governo estourar, ou se a China embicar de vez. Imagina se nossa taxa de desemprego começar a subir aceleradamente. É um cenário assustador. Alguns pensam que nada pode ser pior do que o PT, e eu quase concordo. Mas pode sim! Pode ter um PSOL messiânico, um personalismo de algum salvador da Pátria, uma junta militar tendo que reagir e assumir o poder para controlar a situação. Não desejamos nada disso! Temos que retirar o PT do poder pelas vias legais, pelas urnas, respeitando-se a ordem social e o estado de direito.
O desafio homérico de todos que não deixaram as emoções tomarem conta da razão é justamente canalizar essa revolta para algo construtivo. Mas como? Como dialogar com argumentos quando cem mil tomam as ruas e sofrem o contágio da psicologia das massas? Alguém já tentou conversar com uma torcida revoltada em um estádio de futebol? Boa sorte!
Por ser cético quanto a essa possibilidade, eu tenho mantido minha cautela e afastamento dessas manifestações. Muita gente acha que o Brasil, terra do pacato cidadão que só quer saber de carnaval, novela e futebol, precisa até mesmo de uma guerra civil para acordar. Temo que não gostem nada do gigante que vai despertar. Ele pode fazer com que essa gente morra de saudades do "homem cordial". Não se brinca impunemente de revolução. Pensem nisso, enquanto há tempo.

O link para a página de Rodrigo Constantino está aqui.
 

 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Volta Movimentada

Após uma semana fora, volta para casa e encontro o bananão pior mais divertido do que nunca. Como regressei apenas sábado tarde da noite, só agora que posso escrever a respeito.

O melhor de tudo certamente foram as 3 vaias que a "presidenta" levou em Brasília na abertura da Copa das Confederações. O vídeo está disponível por aí para quem quiser. Com as exceções de sempre, a imprensa amestrada não emitiu um pio a respeito, mas como a coisa foi ao vivo pela TV não dá para fingir que nada aconteceu.

Logo na minha chegada em Curitiba, me contaram, ainda no aeroporto, que haviam muitos protestos Brasil afora. Fui me informar e vi que ocorreram e ainda vão ocorrer vários protestos por aí. O interessante é que são várias manifestações com diferentes reivindicações. 

Em São Paulo, a coisa foi contra a elevação da tarifa do transporte público. O que parecia uma boa causa, logo saiu de controle e a polícia fez o certo: encheu os manifestantes de porrada. Aí a coisa complicou. Como era em SP a polícia deveria ter ficado na sua e não atrapalhado. Esse fato gerou os protestos de ontem. Mas, para obedecer os baderneiros, ontem a PM paulista nada fez e os pacíficos manifestantes tiveram toda liberdade para depredar patrimônio público, incendiar vários ônibus e ainda sequestrar dois deles, para interromper o trânsito nas imediações do Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista). Em SP, quem está coordenando os protestos e depredações é um grupo chamado Movimento Passe Livre que tem como pauta o fim da crobrança de tarifas para que se utilize o transporte público. Mais uma ideia genial que não encontra respaldo na realidade. Apenas uma pergunta. De onde sairia o dinheiro para cobrir a despesa do transporte gratuito? Alguém tem que pagar a conta, certo? Provavelmente iria onerar ainda mais o valor do IPTU pago pelo cidadão honesto e trabalhador. Outro grupo, chamado Juntos! que aparece nos protestos é ligado à partidecos radicais de esquerda sem representação e sem voto como PSOL, PSTU e PCO.

No Rio, a coisa também ficou feia, com vários policiais presos e encurralados dentro da Assembléia Legislativa do Rio. A tropa de choque demorou mais de 3 horas para chegar. Lá também houve violência, depredação, pichação entre outros, mas como o Rio é um estado governado por um aliado político do PT, a imprensa entendeu a ação da polícia como poesia pura e não excesso de violência como em SP.

No DF a mesma coisa. O 1º protesto foi pacífico, contra os gastos absurdos da Copa do Mundo. Nesse caso, a PM local arrebentou com todo mundo e nada foi dito. Ontem, novo protesto em Brasília, dessa vez com violência e invasão do Congresso por 200 malacos que bateram em quem encontraram pela frente.

Em outras capitais também ocorreram os protestos. Aqui em Curitiba, o protesto foi contra as tarifas de onibus, a violência, corrupção, o baixo salário dos professores e a violência da polícia de SP!? (absurdo e ridículo). A manifestação começou por volta das 18 hs e seguiu pacífica até as 22 hs, quando um grupo de vagabundos quebrou o portão e invadiu uma antessala do Palácio Iguaçu, sede do governo do estado. Como não poderia deixar de ser, os invasores depredaram e picharam o ambiente.

Está ficando feio o negócio. Os protestos são válidos e estão de acordo com as regras democráticas, mas a violência e depredação que vem sendo aplicadas só servem para deslegitimá-los.

Para fechar com chave de ouro o assunto, quem deu o ar de sua graça para enriquecer e abrilhantar ainda mais a baderna generalizada país afora foi o ex-presidente Luiz Inácio 51, que criticou (obviamente) a conduta da polícia (de SP) contra os manifestantes baderneiros, usando de seu proselitismo barato e oportunismo rasteito como é de costume. Curiosamente, Lula não comentou as vais que sua marionete levou na abertura da Copa das Confederações.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Curitiba Gastronomia - Outback Steakhouse

O Outback Steakhouse é um restaurante informal americano, construído e decorado em estilo que remete ao interior da Austrália (daí o nome, pois os outbacks são os desertos australianos). São mais de 800 restaurantes nos Estados Unidos, onde foi inaugurado em 1988, e cerca de 120 unidades em outros 22 países. 

Em Curitiba, existem 2 unidades do Outback (Shopping Curitiba e Park Shopping Barigui), o que é ótimo, pois quando havia apenas uma, suas filas eram absurdas e o tempo de espera ridiculamente longo.

AMBIENTE: Ótimo, muito agradável e descontraído, sendo bem informal, o que combina perfeitamente com a proposta do restaurante. Logo ao chegar, sente-se imediatamente uma gostosa sensação de "Estados Unidos". Quem já foi (tanto aos EUA, como ao Outback), sabe a que me refiro. Embora tenham várias mesas "normais" com cadeiras ao redor, o melhor é sentar naquelas com o sofazinho, muito mais aconchegante e confortável.

ATENDIMENTO: Normalmente é muito bom, mas varia um pouco conforme o garçom que vai lhe atender, o que é uma falha, pois pelo treinamento que recebem deve ser padronizado. Já fui extremamente bem atendido, como também, certas vezes, o atendimento deixou a desejar. Apesar disso, se você precisar, os garçons sabem informar a respeito de todos os pratos do cardápio e a reposição das bebidas (quando você opta pelo refil), costumam ser bem rápidas.

COMIDA: Muito boa. A especialdade do Outback são as carnes, tanto cortes de gado como a famosa costelinha barbecue (Ribs on the Barbie). Apesar disso, existem outras ótimas opções no cardápio, como a sensacional cebola empanada (Bloomin' Onion), que é segundo eles próprios, "o verdadeiro sabor do outback". Sugiro pedir a cebola como entrada, ainda mais se tiver com amigos, já que ela é bem generosa. Outras boas opções, principalmente para as garotas, são as saladas ofertadas no cardápio. Nesse caso, pode-se pedir apenas a salada ou como acompanhamento para o prato principal, a carne. Na minha opinião, as melhores opções para prato principal são a costela (Ribs on the Barbie - costela de porco defumada e grelhada, regada com molho Barbecue, servida com fritas e Cinnamon Apples), Alice Springs Chicken (peito de frango grelhado coberto de bacon, champignon e queijos gratinados, temperado com o molho Honey Mustard), ou algum corte de carne vermelha. Nesse caso sugiro o Ribeye, que é um corte da costela simplesmente excelente, podendo ser preparado na chapa ou na brasa. De acompanhamento peça as batatas fritas, muito saborosas, sequinhas e servidas em ótima porção. Só um aviso para quem ainda não foi. O tempero de praticamente todo o cardápio é bem picante. Para quem não é muito fã de pimenta, lembre de pedir para darem uma aliviada no tempero. De sobremesa, se você ainda não estiver satisfeito, sugiro o Banana Nut Cake, que é um bolinho feito com uma combinação de banana, tâmara, caramelo, chocolate, chantilly, nozes e canela e servido com sorvete. Muito bom.

PREÇO: Considerando a quantidade servida e a qualidade, o preço se torna dentro do razoável. Um casal deve gastar em torno de R$ 150,00 com sobremesa e sem bebida alcoólica, se só ficar no refil.

Classificação final:
Ambiente:       * * * * *
Atendimento:  * * * *
Comida:         * * * * *
Preço:            * * *

Entenda a classificação:

Ótimo      =  * * * * * 
Bom         =  * * * *
Regular    =  * * *     
Ruim       =  * *       
Horrível   =  *           

Conclusão: Lugar bacana, com ótima atmosfera, boa comida, e bom atendimento. Vale cada centavo.


Obs. Analisei como um mero consumidor e não como crítico profissional ou especialista gastronômico, pois não é meu caso. Maiores detalhes aqui.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aviso

Pessoal, gostaria de informar que entre a próxima sexta-feira 07/06/13 até sábado 15/06/13 estarei em viagem de férias e impossibilitado de postar qualquer coisa que seja. Espero, quem sabe, trazer assuntos que sejam interessantes ou curiosos e que rendam alguns posts. 

Devido a isso, o post que seria feito normalmente na sexta, farei amanhã.

Até a volta!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Evil Dead - A Morte do Demônio

Já era para ter escrito a respeito desse filme, mas por vários motivos não pude. Faz alguns dias que assisti a Evil Dead - A Morte do Demônio (2013) e posso assegurar que é horrendo.

Antes de falar de Evil Dead (2013) em si, vou fazer um rápido histórico para situar quem ainda não conhece a "obra" que deu origem a esse filme e explicar o porquê dele estar (ter sido) tão comentado.

Existe um filme de 1981 chamado The Evil Dead, que no Brasil (como sempre) foi traduzido de maneira absurda e, curiosamente recebeu duas traduções diferentes em momentos distintos. Primeiramente foi lançado em VHS com o título A Morte do Demônio. Depois, foi lançado nos cinemas como Uma Noite Alucinante - Parte 1 - Onde Tudo Começou. Acontece que em 1987, o diretor Sam Raimi lançou Evil Dead 2, que aqui recebeu o título de Uma Noite Alucinante e, nos cinemas, foi chamado Uma Noite Alucinante - Mortos ao Amanhecer. O problema é que aqui no Brasil, Evil Dead 2 foi lançado nos cinema antes do 1º, criando essa enorme confusão com os títulos.

The Evil Dead - o 1º - já é, no entanto, uma refilmagem de um curta que Raimi havia feito com seu amigo de infância Bruce Campbel (que estrela os filmes da série, The Evil Dead, Evil Dead 2 e Army of Darkness), chamado Within the Woods. Na verdade, Within the Woods e os 2 primeiros Evil Dead tem praticamente mesma estória. Em The Evil Dead (1981), um grupo de 5 jovens vai até uma cabana nas montanhas para passar um final de semana agradável entre amigos, até que descobrem um livro misterioso, que mais tarde descobririam ser o Livro dos Mortos. Daí para frente, um terrível demônio é acordado e passa a aterrorizar os jovens, os possuindo um a um, com o objetivo de destruir a todos. Nesse filme, o herói é Ash vivido por Bruce Campbel, que, apesar de ser totalmente canastrão conseguiu criar um herói carismático e alguém por quem torcer no filme.

O 2º filme, é uma refilmagem do 1º, com um enredo levemente diferente, só que com mais humor, caindo no gênero "terrir".

O filme de 2013 não é nem uma continuação e também não é uma sequência, apesar de vários elementos que fazer referência ao 1º filme, como o carro abandonado de Ash que é mostrado logo no início.

O enredo é basicamente o mesmo. Cinco jovens amigos vão à uma cabana na floresta. Aqui, porém, seu objetivo é mais nobre, pois o intuito do grupo é ajudar sua amiga Mia a se livrar das drogas, mas acabam achando o livro maldito e libertam o demônio antigo que começa a possuí-los um a um. 

As semelhanças entre os filmes acabam aqui. O original e suas sequências foram dirigidos por Sam Raimi, que depois ficaria conhecido por dirigir a série Homem-Aranha. Assistindo à The Evil Dead de 1981, percebe-se claramente que Raimi não tinha dinheiro e nem recursos para realizá-lo adequadamente. O filme é trash puro. As atuações dos protagonistas são péssimas e os efeitos grotescos. O resultado é o mais tosco possível. O filme tem também várias cenas engraçadas e ridículas. Aparentemente o humor só viria mesmo em Evil Dead 2, mas aqui também pode-se dar muitas risadas. Apesar das falhas, o filme virou cult e hoje é considerado por muitos como um clássico do terror, sendo defendido por alguns exagerados como "o maior filme de terror de todos os tempos". Besteira. O filme, porém, tem personalidade, alma e um protagonista carismático, coisa que seu remake de 2013 não tem.

O único mérito de Evil Dead 2013 é ser (muito) mais bem feito que o antigo. Mas isso também não quer dizer nada, já que hoje em dia os recursos são muito mais abundantes e acessíveis e os produtores (Sam Raimi e Bruce Campbel entre eles), tiveram um orçamento muito maior para apresentar um resultado muito pior. Apesar de um fundo moral em sua missão, os protagonistas são chatos e sem graça. Não há nenhum Ash ali. Quem trabalha melhor é a atriz Jane Levy, que interpreta a drogada Mia, que é possuida em primeiro lugar e quem vai "contaminar" os outros. Como o filme é chato e sem humor, o diretor estreante e escolhido a dedo por Raimi, Fede Alvarez, tenta compensar com violência explícita, gore e muito sangue jorrando. Bobo, sem originalidade e nem um pouco assustador. Algumas cenas podem até ser consideradas como chocantes, ou perto disso, mas também não salvam o filme que é incapaz de meter medo, ao contrário de seu antecessor homônimo, que é mais assustador e tenso. Aqui tudo é muito forçado e artificial. 

Ao final, ainda somos "brindados" com uma reviravolta totalmente sem sentido e desnecessária, que não vou nem comentar para não estragar a surpresa de quem quiser assistir. Por falar em assistir, agora só em DVD, pois sua exibição nos cinemas foi de 1 ou 2 semanas aqui em Curitiba. É justificado, já que o filme é uma bomba. Toda expectativa em torno dele se deveu justamente ao filme original. Havia muita especulação se Evil Dead 2013 conseguiria superar o de 1981. Para mim superou em ruindade, e só. Quando escrevi, no 1º parágrafo que havia assistido a um filme horroroso, me referia à qualidade do mesmo e não a seu poder de apavorar e causar pânico, já que esse simplesmente não existe.