terça-feira, 2 de abril de 2013

Discoteca Básica de Rock volume XIII

Contagem regressiva para o final da Discoteca Básica. Faltam apenas 15 dos 100 discos que me propus abordar aqui. Hoje trago alguns nomes que ainda não havia falado e outros que já foram abordados.

São eles:


David Bowie - Space Oddity (1969)

Originalmente realizado como Man of Words/Man of Music, Space Oddity foi sua 1ª reinvenção bem sucedida. Deixando de lado o estilo musical adotado até então em seus trabalhos anteriores, que em nada lembram Bowie em seus trabalhos subsequentes. Aqui, ele adota um estilo que pode ser definido como um psicodélico folk-rock leve, que pode ser observado tanto na faixa título como no decorrer do disco como um todo, que embora não seja tão coeso como Ziggy Stardust, mostra uma certa unidade e identidade musical relativamente bem definida.



Queen - News of the World (1977)

Os 8 primeiros discos de estúdio do Queen são realmente muito bons. Outro dia comentei seu maior clássico, A Night at the Opera e hoje volto com outro trabalho espetacular. Poderia ter optado por qualquer um dos outros, mas escolhi um dos meus favoritos, News of the World. O que dizer do disco que contém algumas das músicas mais famosas e também mais tocadas de todos os tempos como We Will Rock You e We Are the Champions? Mas o disco é muito mais do que isso, com uma variedade de estilos muito maior do que a encontrada em seu predecessor, A Day at the Races. Conseguindo alcançar um amplo espectro sonoro, desde a rocker Sheer Heart Attack até a ultra-melodiosa pop All Dead All Dead.



Eric Clapton - Slowhand (1977)

Quando lançou seu 1º disco solo em 1970, Eric Clapton já era extremamente conhecido e respeitado no cenário internacional do rock. Já havia participado de diversas bandas importantes, como Yardbirds, John Mayall's Bluesbakers, Cream, Blind Faith e Derek and the Dominoes. Estava, portanto totalmente estabelecido musicalmente. Clapton, dispensa maiores apresentações, pois é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, encabeçando praticamente todas as listas de melhores guitarristas, alternando entre o 1º e 2º lugar, sempre com Jimi Hendrix. 

Durante sua carreira solo, alternou bons e maus momentos e trabalhos. Ao que tudo indica, o uso de drogas foi crucial em sua carreira, quase decretando seu fim prematuramente. Escolhi seu 7º disco solo, Slowhand, para representá-lo, pois, é um trabalho muito bom e muito sólido musicalmente, visitando vários estilos e combinações musicais, indo desde o rock de Cocaine, passando pela bela Wonderful Tonight até o country de Lay Down Sally. É também um de seus discos mais conhecidos, com vários hits que são lembrados por todos até hoje.

Músicas-chave:  CocaineWonderful TonightLay Down Sally.


Talking Heads - Talking Heads: 77 (1977)

Formado no começo dos anos 70 pelos colegas de classe David Byrne no vocal e guitarra, Chris Frantz na bateria e Tina Weymouth no baixo, o trio era literalmente um punk de estudantes de arte. Em 76 se uniu a eles o tecladista/guitarrista Jerry Harrison e assim se formou o Talking Heads, que conseguiu a proeza de manter a formação original durante toda sua existência até 1991, quando o grupo acabou. 

Talking Heads: 77 é seu 1º trabalho e mais um ótimo disco de estréia. Foi largamente aclamado por seu rock sem frescuras, as letras intelectualizadas de Byrne, bem como seu vocal característico. Outra característica interessante em relação à esse disco é que a estrutura das músicas, apresenta várias mudanças de tempo em sua execução. É desse disco a famosa Psycho Killer, que apesar do tema, surpreendentemente chegou ao topo das paradas por algumas semanas e permanece até hoje como uma de suas músicas mais conhecidas. Apesar da boa recepção, o disco em si não foi comercialmente bem sucedido. De qualquer maneira, eles obteriam o devido reconhecimento mais tarde, principalmente por terem se arriscado e feito algo totalmente fora dos padrões da época.

Músicas-chave: No CompassionPsycho KillerPulled Up.


Dire Straits - Brothers in Arms (1985)

O Dire Straits e seu Brothers in Arms, juntamente com Dark Side of the Moon do Pink Floyd são minhas recordações musicais mais antigas e influentes que certamente definiram meu gosto musical e todo meu interesse, pesquisa e busca que realizei ininterruptamente durante toda minha vida. Bem, pelo menos a partir da adolescência. O fato é que Brothers in Arms é até hoje um dos meus discos favoritos, podendo ser considerado um novo clássico do rock. É também um dos trabalhos mais importantes da banda, ou pelo menos o seu maior sucesso comercial. O disco é extremamente popular e nem poderia deixar de ser diferente, já que é excelente. É outro exemplo de disco praticamente perfeito, onde todas as músicas são boas. Com certeza um dos fatores de seu sucesso foi Money For Nothing, uma crítica à MTV, mas o disco é muito mais que isso. Meu conselho é que seja ouvido interiramente, mas como sempre, selecionarei aqui apenas alguns de seus grandes momentos.


 

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