“Ei, espera um
pouco! Como assim Volume II, Parte I? Você ficou maluco? Está de palhaçada
agora?”
Calma meu amigo.
Tudo tem uma explicação lógica. Semana passada quando comecei minha lista dos
100 discos básicos do Rock, citei um dos Beatles de 1967, o Sgt. Pepper’s. Resolvi
então, dedicar um post apenas às obras lançadas em 67, porém, como esse ano foi
muito importante, resolvi dedicar duas postagens a ele, com 5 discos em cada.
Essa é a Parte I do
Volume II:
The Beatles – Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band
(1967)
Semana passada
falei do Rubber Soul e justifiquei o motivo.
Hoje falo
exclusivamente do disco que, para muita gente que entende do assunto, mudou
tudo.
Para esses, foi
aqui que o Rock amadureceu.
Concordo plenamente.
É um disco
emblemático e certamente um dos mais importantes do rock, mas não é o meu
favorito dos Beatles. Na verdade tem outros que acho bem superiores (ainda
falarei de pelo menos mais 2 discos deles aqui nessa lista), mas em qualquer
discoteca de Rock que se preze tem que haver um exemplar de Sgt. Pepper’s.
Outra coisa que é
muito legal é a capa dele. Tenho uma teoria, compartilhada por vários amigos,
de que um disco bom mesmo começa pela capa. Disco bom tem uma capa legal. Nesse
caso você pode tranquilamente julgar o disco pela capa. É claro que tem disco
bom com capa feia e disco ruim com capa boa. Estou falando no geral.
Nesse álbum, são
apresentados inúmeros clássicos. As principais músicas estão abaixo, mas esse é
um daqueles discos que deve ser ouvido de cabo a rabo sem interrupção.
Músicas-chave: Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club
Band, With a Little Help from my Friends, Lucy in the Sky with Diamonds e A Day
in the Life.
The Rolling Stones – Flowers (1967)
Esse foi um dos
primeiros discos que ouvi dos Stones. Emprestei o CD de um amigo. Esse e o
Between the Bottoms, juntos. Na época não consegui gostar muito deles. Ouvia
mas não me dizia nada. Até que conheci o Sticky Fingers (falei dele no Vol. I
da discoteca básica), então tudo mudou.
Ouvindo novamente
percebo que é um disco muito bom. Cheio de clássicos.
Na verdade esse
disco não é um álbum de estúdio, nem tampouco uma coletânea, mas uma compilação
de músicas das edições inglesas do Aftermath e Between the Bottoms, assim como
mais alguns singles gravados entre 1966 e 1967.
O resultado é um
dos melhores discos dos caras na época.
Músicas-chave: Ruby Tuesday, Let’s Spend the Night Together,
Lady Jane e Mother’s Little Helper.
The Doors – The Doors (1967)
Vou falar a
verdade.
Não gosto muito do
The Doors.
Acho uma das bandas
mais superestimadas de todos os tempos.
Não quer dizer que não tenham tido importância.
Nada disso, mas certamente não foram tão importantes como muita gente
imagina.
Acho que
musicalmente também deixam a desejar.
Mas com certeza é
discoteca básica. Ainda vou falar de pelo menos mais 1 ou 2 discos deles que
são obrigatórios.
Para quem não sabe
o nome da banda foi tirado do livro The Doors of Perception, do grande escritor
Aldous Huxley. Nesse livro ele detalha suas experiências quando usou mescalina. Quem escolheu o nome foi o próprio Jim Morrison. Totalmente apropriado, não?!
Esse disco tem a maioria
dos clássicos que as pessoas conhecem.
Músicas-chave: Break on Through, The Crystal Ship, Alabama
Song, Light my Fire e The End.
Cream – Disraeli Gears (1967)
Esse é o segundo, em minha opinião, melhor disco do Cream.
Para aqueles que
não sabem o Cream é um powertrio (guitarra, baixo e bateria) e é considerado o
primeiro supergrupo da história do rock. Chama-se supergrupo quando músicos oriundos
de outras bandas famosas se reúnem para formar um grupo a parte.
Acontece que o Cream
não era super apenas no nome. (Contava) com músicos de primeiríssima como o
grande Eric Clapton (ex-Yardbirds e ex-John Mayall's Bluesbreakers), o super
baterista Ginger Baker (ex- The Graham Bond Organisation) e o
baixista e magnífico compositor Jack Bruce (ex- Manfred Mann), o Cream é
certamente uma das maiores e melhores da história.
Hoje em dia tenho
todos os discos deles, mas comecei por esse aqui.
Músicas-chave: Strange Brew, Sunshine of Your Love,
Tale of Brave Ulisses e We’re Going Wrong.
The Jimi Hendrix Experience – Are You Experienced? (1967)
Esse é o primeiro
disco dessa fantástica banda formada pelo gênio da guitarra Jimi Hendrix, o
baixista Noel Redding e o incrível baterista Mitch Mitchell.
Com certeza é um
dos melhores discos de estréia de todos os tempos, com várias músicas que se tornaram clássicas.
Talvez você não
saiba disso, mas o Jimi Hendrix começou sua carreira tocando na banda do Little
Richard.
Jimi Hendrix é um
dos 3 J (jotas) que morreram entre 70 e 71. Os outros dois,
se é que alguém ainda não sabe, foram o Jim Morrison, citado aqui hoje e a
fabulosa Janis Joplin. Todos tinham 27 anos quando faleceram.
Me lembro que meu
irmão ganhou esse disco de aniversário e rapidamente me apropriei dele. Ainda estou
com ele, e já deve fazer uns 20 anos que isso aconteceu. Aposto que ele nem se
lembra mais. Agora, provavelmente vai querer vir aqui e pegar de volta.
Se ainda não ouviu,
compre. Escute bem alto!
Músicas-chave: Purple Haze, Hey Joe, Wind Cries Mary e
May this be Love.
Logo mais Vol. II, Pt.II
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