Hoje o MMA, principalmente o UFC está na moda.
O esporte que mais cresce no mundo dizem alguns.
Um monte de gente conhece, assiste e até gosta. O
mais interessante é que até 1 ano e meio atrás, a disparada maioria das pessoas
não tinha a mais remota ideia de que existia.
Começou a ficar notório quando ocorreu a luta (abaixo) entre
Anderson Silva e Vitor Belfort.
Anderson Silva aplica nocaute em Vitor Belfort |
Depois houve o evento no Rio (UFC Rio), o primeiro que foi transmitido
AO VIVO mesmo e na íntegra, pela Rede TV.
Resultado: sucesso imediato, surra de audiência na Globo e,
consequentemente, a compra dos direitos de transmissão por parte dessa, bem
como o surgimento de um monte de fãs neófitos e mais um monte de “especialistas” que
nunca tinham assistido a uma luta, até então. Agora todo mundo entende do
assunto e dá palpite.
A Globo, como não poderia deixar de ser, foi lá rapidinho e
comprou o UFC para o Brasil. Comprou para não transmitir, é verdade, mas
comprou. Em um post futuro sobre o assunto, falarei sobre o “show de
transmissão” da Globo. Hoje o papo é outro.
Para quem ainda não sabe, o primeiro UFC, que na época era
conhecido como vale-tudo aqui no Brasil, aconteceu em 1993 e foi organizado por Rorion Gracie. Seu
objetivo era apenas mostrar a superioridade do Jiu-Jitsu sobre as outras
modalidades, tanto é que cada lutador, na época, vinha de uma arte marcial específica.
A verdade é que nos seus primórdios, o UFC era mais divertido, mais
violento e, claro, totalmente amador.
Quem entrou para defender o Jiu-Jitsu foi o lendário Royce
Gracie, que se sagrou campeão em 3 eventos. Na época era um torneio sem divisão
de peso e sem rounds. O vencedor de uma luta avançava para a próxima, até
chegar à luta pelo título. Todas as lutas eram na mesma noite. Royce Gracie foi
campeão no 1º, 2º e 4º evento, não participando da 3ª edição devido a uma contusão.
Nesse 4º evento foi observada a necessidade de mudanças pela
primeira vez, já que só a luta final entre Royce Gracie e Dan Severn (abaixo) levou mais
de 40 minutos e acabou ultrapassando o tempo de 2 horas contratadas por Rorion,
junto ao canal fechado para transmissão desse UFC.
Royce Gracie Vs. Dan Severn |
Resultado: o assinante que pagou para assistir o evento, teve
a transmissão cortada ao final das 2 horas e ficou sem assistir o final dessa
luta.
Inúmeros grandes lutadores passaram pelos primórdios do UFC
(um dia falo só sobre os grandes lutadores e seus combates memoráveis).
Em 1997 nasce o PrideFC, evento no Japão que é considerado
por muitos, inclusive este que vos escreve, como o melhor evento de lutas de
todos os tempos.
No 1º Pride, o evento principal da noite foi a super luta
entre Rickson Gracie e Nobuhiko Takada (abaixo), que era o herói japonês das artes
marciais. O Rickson ganhou dele em poucos minutos e com extrema facilidade.
Rickson Gracie domina Takada antes da finalização por arm lock |
No 4º Pride, houve a revanche entre Rickson e Takada, onde,
novamente o brasileiro ganhou sem qualquer dificuldade.
E assim surgiu esse evento fantástico, que também teve
lutadores fantásticos.
As regras do Pride eram um pouco mais permissivas, era disputado em ring e não octógono e tinha um round inicial de 10 minutos e 2
posteriores de 5 minutos cada.
Hoje não há mais Pride (foi comprado pelo UFC e
posteriormente encerrado devido às suspeitas de sua ligação com a máfia
japonesa) e o UFC também já não é mais o mesmo, com muitas regras e uma
padronização de lutas muito cansativa.
Ainda gosto muito e assisto a todos os eventos possíveis,
mas a essência se perdeu.
Esse sábado 17/11/12 tem mais um evento valendo o título dos
meio-médios entre Georges Saint Pierre e Carlos Condit, claro que vou assistir.
Saint Pierre é provavelmente o campeão com o estilo de luta
mais tedioso e burocrático que já vi. Seus combates, na maioria das vezes são
enfadonhos. Mas é um grande campeão, sem dúvida alguma. Tomara que dessa vez
ele, que está voltando de um longo tempo parado devido a uma cirurgia, promova
uma luta com um pouco mais de emoção.
Vou torcer para ele, pois gostaria de ver uma disputa de
título entre ele e o brasileiro Demian Maia.
Vamos ver o que acontece.
Semana que vem comento as lutas desse evento, caso alguma delas valha
a pena.
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