Dando sequência aos posts sobre Discoteca Básica, e
continuando a relação de obras apresentadas por temas, hoje abordo 5 discos de
um dos gêneros de rock mais apreciados e com numerosos fãs fiéis e dedicados: o
Hard Rock.
Certamente que 5 discos é muito pouco para se falar desse
enorme gênero tão popular, então, obviamente voltarei a ele em outras
oportunidades.
Não farei aqui distinção de subgênero como Heavy Metal, etc.
Classificarei todo som mais pesado como Hard Rock (que é muito mais abrangente)
e pronto.
Os 5 discos dessa semana são:
Led
Zeppelin – Led Zeppelin (1969)
Sem dúvida alguma o Led Zeppelin é uma das melhores e maiores
bandas de todos os tempos, contando com os talentos de Jimmy Page na guitarra,
John Bohan na bateria e o subestimado John Paul Jones no baixo e teclados, sem
falar de Roberto Plant nos vocais.
Certamente alguém vai me xingar por ter escolhido esse disco
específico, mas o fato é que esse é um daqueles discos de estreia que mostram logo
de cara a que a banda veio. Cheio de músicas ótimas, com uma mistura
sensacional de Rock e Blues da melhor qualidade.
Evidentemente que escreverei a respeito de outros trabalhos
deles, mas, como esse disco é fantástico, resolvi começar pelo primeiro.
Embora o Led Zeppelin seja uma grande banda com músicos de
muita qualidade e composições excelentes, eu a considero como sendo uma das
mais superestimadas, considerada por alguns, como a melhor do rock e outras
besteiras.
Vamos parar com essa baboseira de essa ou aquela é a melhor
banda.
Isso simplesmente não existe. Existem grupos bons, médios e
ruins. A melhor de todas, invariavelmente, vai ser a favorita da pessoa.
Voltando ao tema, acho que não é o melhor disco do Led
Zeppelin para começar entender a banda (o mais fácil é o 4º disco chamado
simplesmente de Led Zeppelin ou Led Zeppelin IV, mas desse trato em outra
ocasião), mas é essencial mesmo assim.
Músicas-chave: Good Times Bad Times, Babe I'm Gonna Leave You, Dazed and Confused, e How Many More Times
Não, machine head não é meu disco favorito do Deep Purple –
meu favorito é o Deep Purple In Rock do qual escreverei em outra oportunidade –
mas é o que tem os trabalhos mais conhecidos e marcantes.
Isso não desmerece em absoluto esse verdadeiro clássico do
rock, muito pelo contrário, sendo desse álbum alguns dos maiores sucessos dos
caras, entre eles Smoke on the Water, que é dono de um dos riffs mais
conhecidos.
Uma curiosidade em relação a essa música é que seu título,
para quem não sabe, foi tirado de um episódio testemunhado pelo pessoal da
banda, quando em Montreaux, durante a passagem de som de Frank Zappa com sua
banda Mothes of Invention, estava chovendo e ocorreu um pequeno incêndio no
palco onde estavam. A visão da fumaça do incêndio em contraste com a chuva
batizou a música.
Você pode
checar isso na letra mesmo, que abre com “We all came out to Montreaux”... e no
segundo verso o seguinte: “Frank Zappa and the Mothers / Were at the best place
around /But some stupid with a flare gun / Burned the place to the ground”.
Outro grande disco de estreia de outra grande banda que
ajudou a definir o Heavy Metal e influenciou um monte de outras bandas famosas.
Certamente a sonoridade do Black Sabbath não é nem de longe
tão complexa e bem trabalhada como as de Led Zeppelin e Deep Purple, apesar do talento
de Tony Iommy (guitarra) e o poderoso vocal de Ozzy Osbourne, porém nesse disco
eles chegam bem perto.
Provavelmente Paranoid é o disco mais famoso do Sabbath, mas
considero Black Sabbath muito superior musicalmente em todos os sentidos. As
composições são bem mais elaboradas – incluindo 2 longas suítes – do que as que
se apresentariam nos trabalhos futuros. É claro que seus discos subsequentes
até e incluindo Sabotage, são muito bons e conseguem manter certo padrão, que
depois não seria mais atingido.
Um disco muito bom que mistura vários elementos fundidos
para apresentar um som poderoso e com várias alternativas.
Músicas-chave: Black Sabbath, Wasp/Behind the Wall os Sleep/Basically/N.I.B., e A Bit of Finger/Sleeping Village/Warning.
Uma das bandas de Heavy Metal mais famosas dos anos 70, o
Rainbow foi formado pelo excelente guitarrista Ritchie Blackmore, que havia
deixado o Deep Purple juntamente com o baixista Roger Glover.
Para ser o front
man da banda convocaram ninguém menos do que o carismático Ronnie James Dio, um
dos maiores vocalistas de todo o rock.
Esse disco de estreia é realmente muito bom, contando com
músicas muito bem arranjadas e executadas, como não poderia deixar de ser.
Musicalmente, o Rainbow tem uma semelhança muito grande com
o Deep Purple, mas em momento algum parece uma cópia ou algo do gênero. Tem identidade
própria.
Músicas-chave: Man on the Silver Mountain, Catch the Rainbow, Snake Charmer , If You Don't Like Rock'n Roll.
Se você considerer o High Voltage gravado na Austrália em 74
como o primeiro (eles lançaram High Voltage e T.N.T em 74 e 75, respectivamente,
e o material desses dois discos seria compilado no disco High Voltage, edição
USA em 76), então Back in Black é o nono disco do AC/DC e o primeiro com o
vocalista Brian Johnson, que substituiu Bon Scott, morto alguns meses antes.
Back in Black é, portanto, o disco da volta da banda, mesmo
de luto. Por isso o título.
O fato é que Back in Black é de longe o maior sucesso dos
caras, sendo o 3º disco mais vendido de todos os tempos, ficando atrás apenas
do Thriller de Michael Jackson e The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd.
Uma crítica que se faz ao AC/DC é de que seus discos são sempre
“mais do mesmo”, o que é totalmente verdadeiro.
Parece, e não é de hoje, que eles lançam sempre o mesmo
disco. É como os Stones.
Mas isso não interessa muito, pois o AC/DC é certamente uma
das bandas mais divertidas de todos os tempos e Back in Black seu ápice.
Músicas-chave: Hells Bells, Let Me Put My Love Into You, Back in Black, Rock and Roll Ain't Noise Pollution.
Ah, só um detalhe que já ia me esquecendo... quando for
ouvir esses discos, ouça bem alto!
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