Continuando os posts sobre os
festivais mais importantes de Rock, trato aqui de mais 5 discos de bandas que
estiveram em Woodstock em 69.
São eles:
Joe Cocker – With a
Little Help From My Friends (1969)
A carreira de Joe Cocker só
decolou mesmo em Woodstock, com uma apresentação magistral de With a Little
Help From My Friends do Sgt. Pepper’s, dos Beatles. Ele conseguiu, com a ajuda
do multifacetado produtor/compositor/cantor/instrumentista Leon Russell,
emplacar 3 discos excelentes em sequência: este (With a Little Help From My
Friends), Joe Cocker! e Mad Dogs and Englishman, mas depois decaiu
absurdamente por conta de um sério problema com a bebida.
With a Little Help From My
Friends é um dos melhores discos de estreia de todos os tempos, contando com um
time de nomes de peso como Jimmy Page (Led Zeppelin), Steve Winwood (Traffic),
Chris Stainton (Spooky Tooth) entre outros. A seleção musical também é de
arrepiar com composições dos Beatles, Traffic, Bob Dylan além do próprio Joe
Cocker. Considero esse um disco praticamente perfeito e indispensável em
qualquer discoteca que se preze.
Músicas-chave: Feelin' Alright, With a Little Help From My Friends, e I Shall be Released.
Ten Years After – A
Space in Time (1971)
Essa é uma grande banda inglesa
com base em rock-blues e centrada em seu líder, vocalista e guitarrista Alvin
Lee. Fizeram uma apresentação sensacional em Woodstock tocando entre outras, uma
versão de 9 minutos de I’m Going Home, do segundo disco chamado Undead.
A Space in Time é o sétimo
trabalho dos caras e forma, juntamente com Ssssh, Stonehenge e Cricklewood Green
o que de melhor foi produzido por eles. Foi também seu maior sucesso comercial,
puxado pela excelente I’d Love to Change the World. Esse disco foi o 1º gravado
pela Columbia, o que se traduz em uma produção maior, porém soando mais
cristalino e mais leve que os anteriores.
Conheço o Ten Years After desde
minha adolescência, então acredito que seja uma banda razoavelmente bem
conhecida aqui no Brasil, por quem se interesse por Rock de qualidade e sem
frescuras.
Músicas-chave: I'd Love to Change the World, One of These Days, e Here They Come.
Blood Sweat and Tears
– Child is Father to the Man (1968)
Se você nunca escutou e nem ouviu
falar de Blood, Sweat and Tears, já vou avisando de que não se trata de uma
típica banda de Rock. Idealizado por Al Kooper, um amante do Jazz, o grupo tinha
a ambição de misturar linhas de metais como sax e trompete juntamente com os
elementos tradicionais elétricos como guitarra e baixo. A sonoridade original
era uma mistura de Rock, Jazz, Soul e R & B.
O nome surgiu devido a um corte
na mão, durante uma jam session, em que Kooper ensanguentou todo seu teclado.
Kooper deixou a banda logo após
esse primeiro trabalho no começo de 68. Após isso, o grupo se reformulou e
adotou, logo no álbum seguinte, uma linha mais suave e melódica e
consequentemente de mais fácil audição.
Por isso trato aqui do 1º e mais
original disco dos caras, absolutamente indispensável.
Músicas-chave: I Love You More Than You'll Ever Know, Morning Glory, My Days are Numbered, Just One Smile.
Crosby, Stills and
Nash – Crosby, Stills and Nash (1969)
Outro caso de supergrupo de Rock.
David Crosby vinha do The
Byrds, Stephen Stills do Buffalo Springfield e Graham Nash do The Hollies.
O que dá para afirmar sem medo
aqui é que esse é um disco fantástico. Perfeito. Todas as músicas são boas.
Um aspecto extremamente
importante aqui é o fato de que o vocal do grupo é dos melhores de todos os
tempos no Rock, só encontrando paralelo, quando cantado em conjunto, com os
Beach Boys.
Esse é um disco onde imperam os
arranjos acústicos. É muito orientado para o Folk-rock, sendo suas composições
sempre extremamente bem trabalhadas. Suas melodias e harmonias são simplesmente
atemporais.
Com certeza absoluta um dos
melhores discos de Rock de todos os tempos e um documento definitivo de sua
época.
Apenas como curiosidade, foi em Woodstock
que os caras tocaram juntos ao vivo pela 1ª vez.
Músicas-chave: Suite: Jude Blue Eyes, Guinnevere, Wooden Ships, Helplessly Hoping, e Long Time Coming.
Crosby, Stills, Nash
and Young – Déjà Vu (1970)
Aqui você vai querer me perguntar
se eu enlouqueci, colocando 2 discos dos mesmos caras na sequência. Calma, a
coisa não é bem assim.
Embora a base de Crosby, Stills e
Nash seja a mesma, com a entrada de Neil Young (ex-companheiro de Stephen
Stills no Buffalo Springfield) a coisa muda de figura.
É a mesma banda, mas ao mesmo tempo
não é. Adquire personalidade própria. Tanto é assim que Déjà Vu é considerado o
1º disco de Crosby, Stills, Nash e Young e não o segundo de Crosby, Stills e
Nash com participação especial de Neil Young, entendeu?
Tudo que foi dito sobre o disco acima pode ser aplicado a esse também. Praticamente perfeito.
Obrigatório.
Músicas-chave: Almost Cut My Hair, Helpless, e Déjà Vu.
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