Continuo em férias e como já
disse em meu post “Réveillon 2013”, as coisas estão um pouco difíceis por aqui
em termos de conectividade à internet. O 3G não funciona em hipótese alguma e
também não consigo acesso pelas redes sem fio disponíveis gratuitamente. Acabo
ficando nas mãos de algumas lan houses exploradoras.
Já escrevi sobre 2 tipos de pessoas altamente
detestáveis, a quem chamei de Tipinhos Imprestáveis.
Não escrevo regularmente sobre os
“tipinhos”, pois tenho alguns posts fixos e outros assuntos que considero mais
relevantes. Acontece que, como esse ano resolvi me punir um pouco e passar a
virada de ano na praia, me deparei com a pior espécie de pessoa que pode
habitar nosso planeta. Sem exagero.
Na verdade nem sei se deveria
considerar essa gente como tipinhos imprestáveis. O tipinho imprestável até
pode ter sua graça ou até mesmo algum valor. Esse não. Não presta, não vale
nada, não serve para nada. É como um vírus.
Outra dificuldade é a de dar um
nome a ele. É inominável. Qualquer adjetivo, por mais pejorativo que seja, é um
enorme elogio a essa praga que só se alastra. São os caras (e as meninas
também) que só saem de sua toca uma ou duas vezes por ano, no ano novo e ou
carnaval, e, é claro que por conta disso, resolvem aproveitar tudo que acham
que tem direito em 1 ou 2 dias.
É uma ralé, uns vagabundos, uma
gentalha nojenta totalmente desqualificada. Na falta de um nome mais apropriado
vou chama-los simplesmente de desgraçados.
Não estou me referindo aqui às
pessoas que aproveitam os feriados para viajar e descansar merecidamente com a
família depois de um ano de correria. Estou me referindo justamente àqueles que
não deixam essas pessoas descansarem. São os desgraçados.
Tenho certeza de que todos vocês
já se depararam com essa peste. Funciona assim:
- Os desgraçados chegam sempre em
bando. Os que são apenas 2 ou 3, pode apostar que, em pouco tempo, já estarão
agrupados com outros de sua laia.
- Como eles não tem dinheiro para
gastar, trazem sempre um estoque interminável de bebida alcoólica barata para
embalar suas arruaças.
- Além disso, estacionam seus carros
com uma sonzeira absurda que certamente consumiu 24 meses de seu salário.
Esse aspecto do som do carro é
muito importante para o desgraçado, pois quanto mais alto tocar, mais ele
consegue nos impor seu gosto musical escroto que inclui verdadeiras “maravilhas
sonoras” como axé, pagode, sertanejo (universitário) e, como não poderia deixar
de ser, a famigerada baixaria do funk. Aliás, aqui é bom fazer um aparte
esclarecedor que acredito seja necessário: na realidade, essa nojeira que
chamam aqui no Brasil de funk, é um lixo da pior qualidade importado dos
Estados Unidos e chamado Miami Bass Sound. Como tudo aqui no Brasil, foi
batizado de maneira totalmente incorreta.
Aqui começa o inferno. O
desgraçado estaciona sua caranga na beira da calçada, abre todas as portas e
janela possíveis, liga o som no máximo, saca as cervejas e toca o terror.
Como não tem outro objetivo a não
ser perturbar a ordem pública, o desgraçado começa a entornar uma atrás da
outra, o que vai lhe dando mais animação e confiança. Não demora muito e já
está molestando os transeuntes, principalmente meninas e mulheres.
O próximo passo é avacalhar com
quem passa de carro. Fecham a rua e só permitem a passagem após dançarem na
frente, se pendurarem ou subirem no capô do mesmo. E assim vai um atrás do
outro, uma cerveja atrás da outra.
Aqui no litoral paranaense é
sempre assim. Não sei em outras regiões do país, mas acredito que essas cenas
se repitam com alguma frequência por aí.
Esse ano a coisa foi assim nos
dias 30 e 31 de dezembro. A bandalheira correndo tranquila e solta até as 04:00
da manhã. A partir daí a coisa acabou
como um milagre.
“Será que os marginais se tocaram
do papelão que faziam e simplesmente foram embora?” você me pergunta.
Resposta: não. O que ocorreu foi
a PM mesmo.
Aqui a atuação da PM em relação
aos desgraçados vagabundos foi exemplar, inclusive tocando a cavalaria em cima.
Dispersaram as centenas de baderneiros e limparam toda orla. Coisa linda. É
muito legal de assistir os babacas que estavam até uns minutos atrás enchendo e
intimidando todo mundo que passava, fugirem como ratos quando chegou a PM.
Dia 1° e janeiro a praia já
estava bem mais vazia e, como um passe de mágica, toda a zona acima descrita
simplesmente não aconteceu.
Daqui para frente, a tendência é
que as coisas fiquem mais tranquilas, quando ficam mais as famílias e quem quer
um pouco de paz. A festa da galera fica restrita aos bares e baladas locais e
tudo fica em seu devido lugar.
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