quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mais do Mesmo





No último dia 14/12/12, ocorreu nos Estados Unidos mais um ataque covarde dirigido por um maníaco anormal chamado Adam Lanza contra pessoas inocentes e indefesas. Dessa vez foram mortas 20 crianças e mais alguns funcionários de uma escola primária na cidade de Newtown, estado de Connecticut.

Não vou ficar aqui tratando desse ato desprezível, já que todo mundo já está muito bem informado a respeito. O que pretendo aqui é atentar para outro fator que está intimamente ligado a essas tragédias que vez ou outra assolam os Estados Unidos e chocam o mundo.

O que acontece é que logo após essa verdadeira tragédia, mais uma vez vem à tona o assunto do controle de armas nos Estados Unidos. É só acontecer um fato como esse para voltar toda a ladainha sobre restrição ao comércio e porte de armas por parte dos americanos.

Tem muita gente por aí que entende que esse tipo de medida evitaria tragédias como essa. 

Pensar dessa maneira é um atentado contra a inteligência e a lógica. 

Vamos refletir sobre alguns pontos antes de tirarmos qualquer conclusão a respeito:

1 - Você acha que uma pessoa que pega em armas no intuito de executar crianças pequenas dentro de uma escola é alguém normal? Ou é um psicopata perigoso e o simples fato de não ser permitida ou restrita a venda legal de armas, iria impedi-lo de adquirir uma e levar a cabo sua intenção?

2 - Mesmo que o comércio de armamentos fosse totalmente banido dos Estados Unidos, não haveria a mínima chance de que armas contrabandeadas continuassem entrando ilegalmente no país (assim como as drogas) e chegasse às mãos de bandidos ou facínoras como esse Adam Lanza?

Apenas esses pequenos questionamentos acima já servem para deixar sem respostas os maníacos anti-armas. Entendo que essas ideias surjam nesses casos, mas a chance de prosperarem é muito reduzida. A 2ª emenda da Constituição americana assegura o direito à qualquer cidadão capaz, comprar e portar armas. Outra coisa. Os estados americanos com a legislação mais rígida em relação às armas são os com os maiores índices de violência.

Antes de continuar, gostaria de fazer algumas considerações entre a situação de segurança pública nos EUA e no Brasil, país que tem uma das mais rígidas legislações em relação ao comércio de armas de fogo (legais) do mundo. Atente para os dados* abaixo:

*Os números oficiais foram recolhidos por um relatório do Escritório da ONU contra Drogas e Crimes (UNODC, na sigla em inglês).

- População (dados de 2012):

EUA – 319.959.000
Brasil – 193.946.886
Ou seja, os EUA tem uma população 62% maior que a brasileira;

- Número de armas de fogo (dados ONU 2010):

EUA – 270.000.000 (isso mesmo 270 milhões de armas nas mãos de civis, quase uma por pessoa)
Brasil – 15.000.000 (estimativa entre armas legais e ilegais)
Os EUA tem 1.700% mais armas nas mãos da população do que a soma de armas legais e ilegais no Brasil; 

- Número de mortes por armas de fogo (dados 2010)

EUA – 9.960
Brasil – 36.000
O número de homicídios no Brasil provocado por arma de fogo é 261% maior que nos EUA;

- Número de mortes por 100 mil habitantes (dados 2010):

EUA – 3,2
Brasil – 19,3
O Brasil tem 503% mais mortes por 100 mil habitantes que os EUA.

Resumindo temos que os EUA, com uma população 62% maior, com um número de armas 1.700% superior, tem 261% menos homicídios totais e 503% menos homicídios por 100 mil habitantes que o Brasil, país dono de uma das mais rígidas leis de controle de armas no mundo.

Outros países com um grande número de armas nas mãos de sua população são a Suíça e a Finlândia, que tem índices baixíssimo de violência.

Impressionante, não?!

Algum bobalhão vai dizer algo como: “imagina então se não fosse praticamente impossível comprar essas armas como a coisa não estaria”. Esse é apenas o raciocínio de um simplório ignorante, ou de alguém extremamente mal-intencionado. Só para lembrar que antes do governo FHC não havia essa paranoia com armas e elas eram vendidas até por catálogo. Claro que precisava de uma série de documentos e certidões para poder comprar. E os números de violência não chegavam nem perto dos de hoje em dia.

Conforme o exposto aí em cima, torna-se claríssimo para qualquer um com meio cérebro que não existe nenhuma relação de causa e efeito entre armas legais nas mãos da população e violência.

É só perceber a falácia que é o estatuto do desarmamento e seus efeitos. Falou-se e fala-se até hoje que mais da metade das mortes envolvendo armas de fogo é por motivo fútil, briga de trânsito, entre vizinhos, em família, acidentes, etc. Tratam o cidadão adulto como um debiloide incapaz de pensar por si próprio e decidir sobre o tema. 

Isso, logicamente é uma tremenda forçada de barra. Onde estão esses números, se no Brasil menos de 2% dos homicídios são solucionados? Onde estão as matérias jornalísticas a respeito dessas mortes? Teríamos inúmeras mortes diárias por esses motivos. E mesmo se fosse verdade, onde estão as estatísticas que informam quantos desses crimes foram cometidos por pessoas que compraram legalmente cumprindo todas as exigências? Outra mentira escabrosa é a de que a maioria das armas usadas pela bandidagem foram armas legais que acabaram nas mãos deles de uma maneira ou de outra. Veja imagens dos donos do tráfico nos morros, oops comunidades, e perceba a quantidade de AK-47 que certamente eram de algum pai de família antes de ser surrupiada pelos marginais.  Isso tudo é mentira, enganação.

Você pode apostar tudo que você tem que o interesse em desarmar a população honesta não é nem nunca foi o de proteger e diminuir o número de homicídios. Afinal, aqui serve muito bem o argumento que diz que bandido não compra arma em loja. 

Não quero ser alarmista muito menos teórico da conspiração, mas todos os regimes totalitários mais assassinos que o mundo já viu, começaram tirando do cidadão o direito de ter a posse de armas de fogo.
Não digo que a venda deva ser indiscriminada e nem que critérios de avaliação não devam ser aplicados, porém o direito que alguém tem de decidir como vai proteger sua vida, família ou propriedade só diz respeito a ele, desde que sempre dentro da lei. 

Na pior das hipóteses, o cidadão armado é a última linha de defesa de seu país.

O objetivo aqui é separar as coisas e demonstrar a falta da relação de causa e efeito. Defendo aqui que tragédias como essa sempre irão acontecer, sendo usadas armas de fogo ou não. Lembre-se de que armas não matam pessoas, mas pessoas matam pessoas.

Quando banirem todas as armas e ainda houver homicídios, vão culpar quem? Quem sabe o verdadeiro culpado e autor da violência?

Tomara que chegue logo o dia em que QUALQUER espécie de arma seja totalmente desnecessária e que fiquem resumidas a livros de história como lembrança de algo bárbaro, porém esse dia parece estar a cada dia mais longe de chegar.

Para encerrar fique com as frases abaixo e reflita um pouco sobre elas:

“Ao homem livre sempre foi permitido possuir armas. Quem nunca pôde foi o escravo.” (Autor desconhecido).

Leis que proíbem o porte de armas desarmam apenas aqueles que não estão inclinados ou determinados em cometer crimes. Tais leis tornam as coisas piores para o atacado e melhores para o atacante; elas servem mais para encorajar do que prevenir homicídios, pois um homem desarmado pode ser atacado com maior confiança do que um homem armado.” (Thomas Jefferson).

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