quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Crítico Criticado

Há uns tempos atrás li, em uma coluna do crítico de música do Régis Tadeu, um artigo seu bem interessante que falava dele mesmo e das críticas que faz e recebe. Isso me levou a algumas ponderações que gostaria de colocar aqui.

Primeiramente, para quem não conhece, Régis Tadeu é um crítico musical com uma coluna no Yahoo! e que já foi editor de revistas especializadas, bem como já participou de vários programas de TV. Goste-se ou não do estilo do cara ou do que ele escreve, uma coisa é inegável: Régis sabe o que diz e entende do assunto. O maior problema não é exatamente o que é dito ou escrito por ele, mas a maneira. Régis tem um estilo extremamente direto e sarcástico, que na maioria das vezes é considerado ofensivo. Eu, particularmente gosto desse estilo, mas muitas pessoas sensíveis se ofendem. Dou um exemplo para ilustrar. Digamos que você é fã do Luan Santana ou de sua cópia piorada, o Gusttavo Lima. Régis, assim como qualquer orangotango com meio cérebro, sabe que ambos são "artistas" pavorosos e que só demonstram o melancólico nível a que chegou a música brasileira que já teve momentos magníficos. Pois bem. Régis certamente afirmaria algo parecido com o que vai acima, mas iria ainda mais longe, dizendo, na sequência, que os fãs de tais artistas só podem sofrer de alguma espécie de demencia etc. e tal. Mesmo falando a verdade mais cristalina, Régis teria ofendido a vários dementes com essas afirmações. 

Mas afinal de contas, por que falei tudo isso?

Simples. A parte de comentários na coluna do Régis é sempre movimentada. Na maioria das vezes é frequentada por pessoas que dizem odiá-lo e falam que ele só escreve besteiras. 

Esse é o ponto que gostaria de chegar. Um dos argumentos mais utilizados pelos ofendidos de plantão é a desqualificação. Tais pessoas, como não tem um argumento válido, tentam desqualificar o colunista dizendo que na realidade Régis só fala mal desses (e outros) artistas porque na realidade é um músico frustrado. Para essa gente, todo crítico de música não passa de um músico que não deu certo e, portanto, destila sua raiva e recalque através de suas críticas. Pura besteira. 

Régis, certamente farto de aturar argumento tão rasteiro, escreveu uma coluna na qual fala a esse respeito e conta de suas experiências musicais etc. Acho que ele dedicou tempo demais ao tema e se expôs desnecessriamente. Esse argumento do "todo crítico é um músico fracassado" é muito fraco, podendo ser respondido facilmente.

Mas, como disse incialmente, essa coluna me fez pensar no assunto, o que me levou a algumas reflexões:

1 - Realmente tem pessoas que se ofendem com qualquer coisa;

2 - A relação de alguns fãs com seus ídolos é muito interessante, pois alguns defendem com unhas e dentes uma pessoa que nem sabe de sua existência;

3 - Falar mal (discordar ou não gostar) de algo ou alguém que seja admirado por outra pessoa, na maioria das vezes, vai acabar ofendendo essa pessoa, mesmo que você seja amigo dela;

4 - As pessoas não conseguem aceitar o contraditório;

5 - Na falta de argumentos contrários válidos à uma opinião embasada, seu interlocutor, na maioria das vezes, vai tentar desqualificar e atacar a você pessoalemente e não sua opinião;

6 - O brasileiro, no geral é muito passional e burro. Tem que aprender que, como bem disse o saudoso Paulo Francis, crítica é crítica e não ofensa.

Se eu estivesse no lugar do Régis Tadeu, responderia aos ofendidos de plantão, perguntando se, um crítico de cinema também deve ser um ator ou diretor frustrado, se um crítico de arte é um pintor ou escultor fracassado, se um crítico literário não passa de um escritor que não deu certo e assim por diante. Ou tal linha de argumentação só vale para os críticos de música? Pensem nisso.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

UFC on Fox 8 - Johnson X Moraga

Bem, como falei outro dia, às vezes um card despretencioso ou até mesmo fraco pode surpreender. E às vezes ele apenas confirma que era mesmo fraco. Foi o que ocorreu nesse sábado no UFC on Fox 8. Das 12 lutas programadas, apenas 4 se salvaram do tédio total.

Em relação aos meus palpites, acertei 50% com boa vontade, pois, apesar de Demetrious Johnson ter vencido, afirmei que seria por decisão. Quase. No final do 5º e último round, ele conseguiu aplicar um arm-lock em John Moraga e assim definir o combate. Meu outro palpite errei feio. Apostei na vitória da brasileira e quem venceu foi a americana.

A primeira luta interessante do evento foi a 6ª, entre Melvin Guillard e Mac Danzig. Guillard se impôs logo no início do combate. O 1º round foi mais de estudos por parte dos lutadores, mas mesmo assim, Guillard tomou a frente e dominou totalmente, achando a distância correta e controlando a luta. Na volta para o 2º round, Guillard voltou mais focado e agressivo, partindo para cima de Mac Danzig. Na metade do round, Guillard acerta ótimo golpe em Danzig que não resiste e despenca. Guillard não deu chance para o azar e partiu para cima de Danzig, o golpeando violentamente no ground and pound. Importante vitória de Guillard que se recupera após alguns resultados negativos.

Guillard enfia a mão na cara de Danzig

A 9ª luta da noite e 1ª do card principal, teve a estréia de Jessica Andrade, a bate-estaca, no UFC. Jessica foi a primeira brasileira a entrar no octógono. Sua adversária era a experiente e franca-favorita Liz Carmouche, que havia perdido a 1ª luta feminina da história do UFC para a atual campeã dos galos, Ronda Rousey. Apesar do nervosismo Jessica fez um bom 1º round. No começo Jessica teve alguma dificuldade com Carmouche e chegou a ser derrubada duas vezes, mas se recuperou, conseguiu aplicar uma ótima queda em sua adversária encaixando na sequência uma guilhotina que por pouco não finalizou a americana. Na volta para o 2º round, faltou um pouco de malandragem para a brasileira, que logo partiu para o confronto com Carmouche, sendo novamente derrubada. Dessa vez Carmouche conseguiu a passagem de guarda e durante praticamente todo o assalto castigou a brasileira com socos e cotoveladas. Dessa maneira não restou outra opção ao árbitro que não interromper o combate e decretar a vitória por nocaute técnico de Liz Carmouche. Jesssica Andrade é boa lutadora e provou que pode lutar de igual para igual com uma lutadora maior e mais forte como Liz Carmouche. Falta a ela um pouco de tranquilidade e saber dosar mais seu jogo, não partindo com tanto ímpeto para cima da adversária. Seu jogo de chão, quando em posição de dimínio é muito perigoso. Entendo que ela pode ter um bom caminho pela frente. Mas vai precisar aprimorar a estratégia e o jogo em pé.

Liz Carmouche castiga Jessica Andrade no chão

Na sequência veio o combate entre Robbie Lawler e Bobby Voelker. Lawler vinha de grande vitória sobre Josh Kosheck e Voelker, que havia sido chamado há apenas 15 dias para cobrir outro lutador lesionado, vinha de derrota. E, deu a lógica. O lutador em ascensão e mais treinado triunfou. Robbie Lawler aplicou um nocaute espetacular em Voelker logo no iníco do 2º round, após dominat totalmente seu oponente no 1º. Quando começou o 2º round, Lawler não perdeu tempo e acertou uma canelada certeira na cebeça de Voelker que despencou. Ainda deu tempo de aplicar mais um soco violentíssimo em Voelker antes que o árbitro interrompesse o combate. Vitória fulminante de Lawler que já é alguém a se prestar atenção na categoria dos meio-médios.

Lawler aplica o chute que abriu caminho para vitória contra Voelker

A luta mais aguardada do card era a a penúltima e não a disputa do título dos moscas. O combate entre Rory Macdonald e Jake Ellenberger tinha tudo para ser a luta da noite, mas foi a decepção da noite. Sem maiores comentários. Em um combate chato e burocrático, vitória de MacDonald por pontos.

O 12º e último combate da noite foi entre o campeão dos moscas Demetrious Johnson e o desafiante John Moraga. Sem suepresas. Vitória fácil de Johnson e manutenção do cinturão. Moraga falou um monte antes da luta e não mostrou absolutamente nada, sendo dominado totalmente durante todo o combate. Uma característica dessa categoria é a falta de nocautes, já que os lutadores são muito leves e não tem muito "punch". Mas, o que falta em força sobra em movimentação e agilidade e, no caso de Johnson, técnica. É umm excelente lutador e não é campeão por acaso. Apesar de ter achado que ele levaria a luta por pontos, me enganei positivamente, vendo seu oponente desistir verbalmente após a aplicação de um arm-lock.

Demetrious Johnson prepara o arm-lock que garantiu sua vitória

Grande vitória de Johnson que agora tem um problema de não haver desafiantes para ele na categoria. Uma opção, segundo ele mesmo seria uma luta casada contra o campeão dos galos (Dominick Cruz ou Renan Barão - interino). Outra opção, quem sabe, seria ele mesmo subir de categoria e lutar nos galos. Certamente teria rivais mais difíceis.

Próximo sábado tem mais, com disputa de título envolvendo brasileiro e outros combates que prometem. No decorrer da semana volto para fazer alguns prognósticos.

  

sexta-feira, 26 de julho de 2013

UFC On Fox 8 Johnson X Moraga - Palpites

Muito bem pessoal, nesse sábado 27/07/13 vai acontecer em Seatle o UFC on Fox 8 Johnson vs. Moraga, com direito a disputa de título dos moscas entre o campeão Demetrious Johnson, o super-mouse, e o desafiante John Moraga. 

Já sei o que vão me dizer. Que é um evento menor, que não tem tanto apelo etc. e tal. É verdade, mas esses eventos costumam surpreender bastante. Já assisti vários deles de má vontade e me surpreendi positivamente a medida que os combates transcorriam. Espero que ocorra o mesmo amanhã. 

Mesmo podendo ser considerado pouco atrativo, esses eventos são sempre ótimas oportunidades para conehcermos novos talentos que surgem a todo o instante. Além disso, há um fator de interesse para os brasileiros no geral e paranaenses em particular, pois haverá a estréia no UFC da lutadora de Umuarama  Jessica Andrade, conhecida como bate-estaca. 

Apesar de ser muito jovem (apenas 21 anos) e ter começado no MMA em 2011, já tem uma carreira vitoriosa com 9 vitórias e 2 derrotas em 11 lutas. Seu cartel é ligeiramente melhor que o de sua adversária, a americana Liz Carmouche que tem 8 vitórias e 3 derrotas em 11 combates. Outro fator importante é que a brasileira fará sua estréia logo no card principal da noite. 

A luta principal da noite terá a disputa do cinturão dos moscas. A categoria peso mosca é certamente e mais chata que existe para se assistir, uma vez que raramente ocorrem nocautes, devido ao baixo peso dos lutadores e seus golpes com menor força. Dessa maneira, a maioria dessas lutas é decidida por pontos. As outras lutas que assisti do campeão Demetrious Johnson foram assim. Por pontos. 

Palpite: Vitória do campeão Demetrious Johnson por pontos.

Na luta da brasileira Jessica Andrade, todas as estimativas e bolsas de aposta estão contra ela. Nas enquetes ela perde de 85 a 15 para Carmouche, que é a franca favorita. Isso se deve principalmente ao fato de que Jessica não é nem um pouco conhecida nos EUA. As duas lutadoras tem um estilo semelhante de lutar, preferindo o combate na trocação em pé. A brasileira bate forte e nocauteia, tendo também ótimo jogo de chão, pois domina bem o jiu jitsu e o judô. Prova disso é que o equilíbrio em seu cartel de vitórias, sendo 4 por nocaute e 5 por finalização. Tem tudo para ser uma grande luta.

Palpite: Vitória de Jessica por finalização.

Amanhã saberemos o resultado e na segunda-feira que vem volto para comentar. Vamos ficar na torcida pela brasileira.


terça-feira, 23 de julho de 2013

O Homem de Aço - Análise

Tudo bem, eu sei que esse filme já está em cartaz há mais de uma semana, pelo menos aqui em Curitiba, mas ainda não tinha encontrado tempo para falar a respeito. 

O Homem de Aço - Man of Steel (2013) é a mais nova adaptação ou tentativa de levar às telas o super-herói mais famosos de todos os tempos. 

Em 2006, o diretor Bryan Singer, trouxe uma versão chamada Superman - O Retorno, que contava com o confronto entre o Super-Homem e seu arqui-inimigo Lex Luthor, interpretado pelo ótimo Kevin Spacey. Acontece que o filme é uma porcaria total, que nem o talento de Spacey consegue salvar. Nesse novo filme, o vilão não é muito conhecido, sendo ele o General Zod. 

Em O Homem de Aço, acompanhamos a trajetória do Super-Homem a partir seu nascimento, pouco antes da destruição de seu planeta natal Krypton. Aqui, entendemos o porque de Krypton ter sido destruído: uso indevido e exploração sem limites dos recursos naturais. Até aqui aproveitam para enfiar goela abaixo dos incautos a paranóia ecológica. Ante a destruição iminente de seu planeta, Jor-EL (Russell Crowe), o pai do Super-Homem, decide enviar seu único filho para a salvação, justamente no planeta Terra, onde ele, Kal-EL (Henry Cavill), terá poderes extraordinários. Acontece que Jor-EL deve driblar seu outrora amigo e agora algoz General Zod (Michael Shannon), que não quer permitir o envio de Kal-EL à Terra. Zod e seus comparsas, após uma tentativa de golpe de estado, são presos em uma espécie de buraco negro, de onde conseguem escapar para ir atrás de Kal-EL, afim de utilizarem seu código genético para construir na Terra um novo Krypton. A missão de Kal-EL/Super-Homem é impedir que isso ocorra, pois para a Terra se tornar outro Krypton, toda raça humana deverá desaparecer.

Esse é o resumo da coisa. Esse filme, em relação com o de 2006 é um pouco menos ruim, o que não quer dizer de maneira alguma que possa ser considerado bom. Claro, seus efeitos especiais são ótimos, etc. e tal, mas hoje em dia é obrigação que os efeitos sejam bons, certo? A história é fraca e subverte totalmente o que conhecíamos de Super-Homem. Ao tentar dar nova dinâmica ao personagem, os roteiristas pisaram feio na bola. Tentaram das uma dimensão mais perturbada ao personagem. Aqui, ele não se aceita direito e está sempre fugindo dele mesmo e daquilo que será sua missão de fato. Herói perturbado é coisa para o Batman. Aliás, o Batman (dessa trilogia do Christopher Nolan) é perturbado e com razão. Na minha opinião, o Batman é mais um justiceiro do que um herói. Voltando ao Super-Homem, essa tentativa de humanizá-lo não ficou nada boa. Acho que o diretor tentou deixá-lo menos "coxinha". Não precisa. O Super-Homem sempre foi meio coxinha. É uma característica sua.

Em relação ao enredo em si, só posso dizer que os filmes (apenas os 2 primeiros) da série estrelada por Christopher Reeve como Super-Homem são bem superiores. Os atores e a estória em si são bem melhores, tornando o filme muito mais envolvente e divertido. Essa, inclusive, é uma falha e tanto dessa versão, pois o filme não tem humor em momento algum, tornando-se chato em várias sequências.

Em se tratando de elenco, a coisa piora ainda mais para O Homem de Aço, pois no 1º Superman, de 1978, Gene Hackman rouba a cena como Lex Luthor. Apesar de nunca ter sido um grande ator, Christopher Reeve é muito mais convincente como Super-Homem do que Henry Cavill. Até a eterna mocinha Lois Lane, que é interpretada agora por Amy Adams, era muito mais carismática (e chata) e tinha mais importância na época em que foi vivida por Margot Kidder. No filme que veio na sequência, Superman II (1980), o vilão é o mesmo General Zod, interpretado por Terence Stamp, que diga-se de passagem fez um vilão muito mais legal do que Michael Shannon. Aqui faço um aparte, pois várias críticas que li sobre O Homem de Aço, afirmavam que Michael Shannon roubava a cena como vilão. Na minha opionião não é bem por aí a coisa. Embora não seja nada difícil de se roubar a cena de um Super-Homem sem graça como Henry Cavill. Da maneira como a coisa é dita, até parace que ele está no mesmo nível do Coringa de Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas. Nada  a ver. Heath Ledger sim, conseguiu roubar não só a cena, mas como o filme todo, o que não deve ter sido tarefa fácil, pois Christian Bale é, comparativamente falando, um ator infinitamente superior a Henry Cavill.,

Então a coisa fica assim: se você gosta de super-heróis, muitos efeitos especiais, muitas explosões e pouco conteúdo, assista sem medo. Mas, se você acha que, mesmo sendo um filme de super-herói, a estória e a trama ainda são partes importantes do conjunto, assista assim mesmo, mas depois aconselho a tentar achar os filmes antigos, muito mais interessantes, divertidos e bem humorados.

    

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Curitiba Gastronomia - New York Cafe

É importante deixar claro que o New York Cafe, aberto em setembro de 2012, não é um local de comidas típicas americanas, mas sim de Nova Iorque. Parece semântica mas faz toda a diferença. O que interessa realmente é que é uma ideia inovadora e muito interessante que já deu certo. Curitiba precisava e tinha espaço para um local do gênero, tanto é que o fato de estar sempre lotado comprova isso. O New York Cafe é uma mescla de estilos, não sendo apenas uma cafeteria, nem um restaurante e nem tampouco um bar. É único.

AMBIENTE: Sensacional. A decoração é típica, com uma das paredes sem reboco e com várias fotos e posters com imagens consagradas como aquela em que John Lennon está com uma camiseta I Love NY ou então o Flatiron Building na famosa Madison Square, concluído em 1902. Outras paredes contam com grafites, adesivos e placas, como de metrô. Como o ambiente é pequeno, as mesas são poucas, mas bem distribuídas entre altas, baixas e com sofás. Há também a possibilidade de ficar em banquetas no balcão ou então ao ar livre. O banheiro é uma atração a parte. Muito legal.

ATENDIMENTO: Outro ponto a se destacar. O atendimento por parte dos garçons é impecável. Atenciosos, rápidos e educados, explicam muito bem o cardápio e são super solícitos.

COMIDA: Muito boa. São várias opções tanto de pratos frios, como quentes e sobremesas. Sem contar os cafés e milk shakes. Há opções para todos os gostos. Uma coisa interessante é a possibilidade de pedir qualquer ítem do cardápio, inclusive opções de café da manhã, a qualquer momento, inclusive a noite. Nesse caso há um ótima opção com um típico breakfast americano, com bagels, ovos fritos, bacon e hash browns. Outra boa opção são os sanduíches. Indico o NY Burger, servido com um hambúrger alto e cheddar de qualidade. Sensacional. As porções são também muito boas e bem servidas como a de onion rings e barata frita rústica. Vale a pena experimentar. Para sobremesa, indico a cheesecake com calda de frutas vermelhas. Excelente. Nada ver com as vendidas por aqui e bem próxima da americana, super equilibrada e de sabor delicado. Outro ponto que merece destaque é em relação à ótima qualidade dos ingredientes utilizados na confecção dos pratos.

PREÇO: Como se não bastasse, ambiente, atendimento e comida muito boas, o preço é também um destaque bastante positivo. Com preços justos, uma conta com entrada, um prato quente, sobremesa e refrigerante, deve ficar entre R$ 40,00 e R$ 50,00 por pessoa.
Classificação final:

Ambiente:       * * * * *
Atendimento:  * * * * *
Comida:         * * * *
Preço:            * * * * *

Entenda a classificação:

Ótimo      =  * * * * * 
Bom         =  * * * *
Regular    =  * * *     
Ruim       =  * *       
Horrível   =  *      

Conclusão final: Vá sempre, nem que seja apenas para tomar um café.

Obs. Analisei como um mero consumidor e não como crítico profissional ou especialista gastronômico, pois não é meu caso. Maiores detalhes aqui

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Anderson Silva, Funcionário do Mês

A novela Anderson Silva ainda rende.

São tantas informações e especulações que cada vez mais é possível perceber (ao menos para mim) que AS realmente "entregou" a luta. 

Para confirmar o que digo, coloco abaixo 2 links de duas reações de Anderson frente a 2 derrotas em momentos distintos: a 1ª é quando ele perde no Pride Shockwave 2004 e a segunda é de sua derrota no último sábado 06/07/13 no UFC 162. Os vídeos são curtos, assistam:

Viram a diferença de reação?

Para mim pareceu que até o choro do Anderson desse sábado foi fake. 

Mas afinal de contas, se sua luta foi uma armação e sua reação também não foi das mais convincentes, o que de fato ocorreu? Certeza, obviamente ninguém vai ter nunca, mas dá para fazer algumas especulações a respeito. Já fiz algumas em meu post anterior. Como muita coisa aconteceu de lá para cá, já é possível ter outras leituras sobre o caso.

Afirmei que o Anderson perdeu porque quis. Mantenho a mesma posição. Tem um monte de gente que achou que Anderson foi palhaço, não respeitou seu adversário e foi punido por conta disso. Discordo totalmente. Em condições normais esse Weidman jamais conseguiria superar Anderson. Da maneira como a luta ocorreu, qualquer gordo segurando uma coxinha ganharia dele.

Minha opinião agora é a seguinte: Anderson é um funcionário do UFC. É empregado dos caras e deve fazer o que mandam. Simples assim. Muitos brasileiros estão indignados, dizendo que ele desrespeitou toda uma nação, que perdeua  credibilidade, que não representa mais o país, etc. e tal. 

Pura bobagem. Anderson não luta pelo Brasil ou pelos brasileiros, mas por ele mesmo e por contrato com seus empregadores. O UFC não é a Copa  do Mundo nem as Olimpíadas das lutas. É um negócio. Entendo que ele deve ter tido ordens de facilitar as coisas para o Weidman e o fez da maneira mais ridícula e escrachada possível. Lembram daquela corrida em que o Barrichello, depois de receber ordens da Ferrari, entregou para o Schumacher a poucos metros da bandeirada final escancarando a palhaçada? Brasileiro tem é que parar de ser babaca e começar a entender como as coisas são.

Logo após o término da luta, Anderson disse que não queria revanche nem lutaria mais pelo título. Dana White garantiu de que ele faria a revanche contra Weidman. Menos de 4 dias depois, Anderson já quer a revanche e que ela aconteça ainda esse ano. Ao que parece, Dana White está buscando um lugar com capacidade para 100.000 espectadores para realizar o confronto.

Alguém ainda acha que foi só uma mancada de AS? Mas afinal de contas, ele perdeu porque mandaram ou por puro tédio, desinteresse e vontade de ir embora? Não sei. Quem sabe um pouco das duas coisas.

De qualquer forma, de agora em diante Anderson merece a foto de "funcionário do mês" pendurada na parede do chefe.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

UFC 162 - Vexame

Muito bem. Semana passada dei palpites sobre 4 lutas que ocorreriam no UFC 162. Acertei 2 e errei 2. 50% de aproveitamento. Medíocre.

Disse que Gabriel Gonzaga, o Napão, derrotaria seu adversário, o americano Dave Herman. Acertei. Só errei em como seria essa vitória. Arrisquei finalização e Napão nocauteou em 17 segundos. Maravilha.

Gabriel Napão acerta direita que definiu o combate contra Dave Herman


Outro palpite, o qual errei, foi sobre o resultado da luta entre o brasileiro Roger Gracie e o americano Tim Kennedy. Apostei em vitória por finalização de Gracie. Errei. Deu Kennedy por pontos. Gracie lutou muito mal, aliás. Pareceu desinteressado e seu gás acabou aos 3 minutos do 1º round. Alguém tem que avisar esses Gracies que só o jiu jitsu e o nome da família não ganham mais de ninguém. Já deveriam saber.

Tim Kennedy dá um "coice" em Roger Gracie


Outro palpite certeiro meu foi em relação a luta entre o americano Frankie Edgar e o brasileiro Charles "do Bronx". Cravei na vitória do americano e acertei. Apesar de ter perdido, do Bronx fez uma luta sensacional, dando a impressão de que poderia vencer o combate em alguns momentos. Lutou e empolgou. Edgar é um grande lutador e adversário duríssimo mas, mesmo assim, do Bronx teve grande atuação. Perdeu, mas saiu maior do que entrou.

Charles "do Bronx" tenta joelhada em Frankie Edgar


A última luta da noite foi a mais aguardada e das mais vergonhosas que já asssiti. Não via tanta palhaçada e marmelada desde 1999, no Pride 5, onde Mark Coleman perdeu de maneira vexatória para o herói local e lutador medíocre Nobuhiko Takada, com uma chave de calcanhar.

Nem preciso comentar o resultado, pois todos já sabem. O que interessa aqui são as especulações e elocubrações de sempre. Os comentários (dos espectadores, nunca da cobertura oficial) se dividem em 2 grupos: os que entendem que Anderson foi muito arrogante, palhaço e, no meio da palhaçada foi surpreendido com um golpe certeiro de Weidman e perdeu em razão de sua soberba. Os outros acham que foi uma tremenda marmelada e que, Anderson, seguindo orientações do sempre odiado Dana White, entregou a luta para haver uma revanche com lucros exorbitantes. 

Weidman acerta golpe do título em Anderson Silva



Não acho que foi nem uma coisa nem outra.

Vamos fazer um rápido retrospecto:

1 - Anderson já vinha dando sinais, há tempos, de que estava cansado e não queria mais lutar;

2 - Todos insistiam em uma superluta entre ele e Georges St-Pierre ou contra Jon Jones;

3 - Todos os outros top contenders da categoria e que estavam escalados para enfrentar o Spider acabaram perdendo suas lutas. Só sobrou o Weidman;

4 - Nem Anderson e nem seu empresário queriam enfrentar Weidman. A organizaçãom do UFC forçou a barra até o limite, renovou seu contrato e a luta foi marcada;

5 - Weidman vinha de lesão e estava há tempos parado;

6 - Começaram a vender que Weidman era o único que reunia condições para derrotar Anderson;

7 - Vários outros lutadores apostavam que Weidman era o cara que derrotaria Anderson, que começou a ser considerado como o azarão do combate;

8 - Nas casas de apostas, as chances de Weidman estavam mais próximas às de Anderson do que qualquer outro lutador que o tenha enfrentado até então;

9 - Na coletiva antes da luta, Anderson "entregou" o cinturão à Weidman, o deixando segurar;

10 - Durante a luta, Anderson abusou demais e acabou sendo acertado por Weidman. Vamos ser francos, que, naquela circunstância, qualquer um o acertaria;

11 - Anderson nunca havia sido nocauteado em sua carreira;

12 - O soco que Weidman acertou em Anderson é uma esquerda e com o braço já esticado, o que faz com que grande parte da força já tenha sido dissipada;

12 - Logo após o fim do combate, Anderson, ainda dentro do octógono, disse que não queria revanche e nem lutaria mais pelo título;

13 - Em sua entrvista para o pessoal do canal Combate, assim que desceu do octógono, ele voltou a repetir que Weidman lutou melhor e que não queria revanche. Quem assistiu percebeu como ele estava calmo e parecia nem se importar com o que havia acabado de acontecer. Parecia de fato aliviado e nem um pouco surpreso.

Pelo exposto acima, e isso é uma opinião minha, Anderson realmente entregou a luta, ou perdeu de propósito. É só ver como a luta se desenrolou. Anderson não fez absolutamente nada durante o combate. Não tentou acertar Weidman seriamente uma única vez sequer. Weidman é um lutador muito fraco, que mesmo com Anderson dando todas as oportunidades para que ele o nocauteasse não conseguia fazer nada. Nem no chão o controlou quando teve a chance. Esse Weidman não tinha a menor possibilidade de derrotar o Spider em condições normais. Nunca. Ora, se o Anderson perdeu de maneira tão ridícula, por um erro grosseiro seu em tentar humilhar seu oponente, ele pediria uma revanche imediata, certo?

Para mim, Anderson não queria mais lutar e, principalmente, não queria mais o peso de ser o campeão, com todos os compromissos e cobranças.  Não estou desculpando e nem justificando sua derrota (quen foi inaceitável da maneira como se deu), apenas tetando fazer uma observação racional.

Dana White já disse que se houver uma revanche entre os dois será logo na próxima luta e 1ª defesa de título de Weidman. Aí teremos 2 hipóteses: se Anderson ganhar, fica caracterizada a marmelada na luta de sábado 06/07/13; se Anderson perder (que seria o meu palpite) fica claro que ele queria mesmo sair dessa e se aposentar. 

O destino de Weidman? Alguém aí se lembra do peso pesado do boxe James "Buster" Douglas? Não? Foi o cara que em 11/02/1990 ganhou de Mike Tyson, quebrando um recorde de 37 vitória e nenhuma derrota. Acho que com Weidman vai acontecer o mesmo. Derrotou aquele que parecia invencível, mas não será lembrado no futuro. Se ele não lutar contra o Anderson e enfrentar o Vitor, por exemplo, certamente será derrotado. Acho que Weidman não dura 2 lutas como campeão dos médios do UFC.

É claro que Anderson fez todo mundo de palhaço, o que é indescupável, mas  tem muita coisa por trás disso tudo. Só teremos uma idéia do que realmente aconteceu na sequência, ou em um próximo desafio entre Anderson e o agora campeão Chris Weidman, que deve aproveitar ao máximo o momento, pois será bem curto.


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Curitiba Gastronomia - Restaurante Azuki

Localizado no bairro Ahú, o Azuki se destaca entre os restaurantes japoneses da capital paranaense por ser o único com o sistema Kaiten Sushi, que é um tradicional rodízio japonês em que os pratos típicos são servidos através de uma esteira automatizada que circula entre as mesas, levando as opções diretamente ao cliente.


AMBIENTE: Pode ser considerado como contemporâneo, mas chega a ser um pouco cansativo devido ao uso excessivo da cor vermelha, que se encontra por todo o lado, inclusive no teto e nas próprias esteiras. Quem entende de marketing sabe que o uso de cor vermelha não é dos mais indicados em restaurantes, sendo mais apropriado em fast-foods, justamente por se tratar de uma cor viva que faz com que os clientes comam rápido e caiam fora para dar chance para os outros e "rodar" rápido. Não sei se foi o caso aqui ou se foi só mancada do arquiteto(a)/decorador(a). Mas tirando isso, existem outras coisas legais como um espaço para crianças e uma sala exclusiva de karaokê, para quem gosta.

ATENDIMENTO: Bom, com os garçons sempre atentos e solicitos, sendo bastante rápidos no atendimento. Normalmente não seria nada mais do que o mínimo exigido, mas se comparado com outros restaurantes japoneses que também oferecem rodízio, se torna um destaque.

COMIDA: Muito boa, tanto em qualidade como em variedade. Uma boa sacada é que as porções que vem pela esteira são pequenas, o que propicia ao cliente a possibilidade de experimentar vários dos pratos apresentados. Dentre os pratos típicos oferecidos, os mais interessantes na minha opinião, e que não podem deixar de ser provados, além é claro dos tradicionais sashimi, sushi e niguri, são os tempuras.  Destaque para a sobremesa que é exclusividade da casa, o Sundae Azuki, que são duas bolas de sorvete de gergelim, chantily, gergelim torrado e calda de molho tarê.

PREÇO: Condizente com o que é servido. Embora a culinária japonesa não possa ser considerada como barata, o Azuki certamente tem uma das melhores relação custo-benefício da cidade. Prepare-se para gastar em torno de R$ 80,00 por pessoa, sem bebida alcoólica e sem sobremesa.

Classificação final:

Ambiente:       * * * * 
Atendimento:  * * * * *
Comida:         * * * *
Preço:            * * *

Entenda a classificação:

Ótimo      =  * * * * * 
Bom         =  * * * *
Regular    =  * * *     
Ruim       =  * *       
Horrível   =  *      

Conclusão final: Vale a pena conhecer e retornar, já que é o único em Curitiba com o sistema de rodízio Kaiten. Mas chegue cedo senão vai esperar um bocado e não vai conseguir sentar na esteirinha.

Obs. Analisei como um mero consumidor e não como crítico profissional ou especialista gastronômico, pois não é meu caso. Maiores detalhes aqui

quarta-feira, 3 de julho de 2013

UFC 162 - Palpites

Sábado agora tem mais um grande evento do UFC, com direito a defesa de título de Anderson Silva contra Chris Weidman. Maravilha! Além dessa luta, algumas outras interessam aos brasileiros, pois teremos alguns deles em ação no octógono.

Para não me acusarem de comentarista de resultados, abaixo dou meus palpites para quais serão os resultados dessas lutas:

1 - Anderson Silva X Chris Weidman: mesmo sendo vendido como o único capaz de derrotar o Spider, Chris Weidman não deve dar trabalho para ele. Na realidade, os outros contenders da categoria foram perdendo suas lutas, caindo, dessa forma, a luta contra Anderson "no colo" de Weidman. Weidman, é claro, não perdeu a oportunidade para tentar vender mais ppv e assim aumentar seus ganhos. Apesar de 9 lutas invictas, não enfrentou nenhum grande oponente. 

Palpite: Anderson vence por nocaute.

2 - Frankie Edgar X Charles "do Bronx" Oliveira: Ex-campeão dos pesos leves do UFC e agora lutando nos penas, Frankie Edgar, apesar da derrota para José Aldo em sua última luta, é encardido e casca grossa. Além de ser o 10º colocado no ranking geral do UFC. Charles do Bronx é bom lutador, mas não terá vida fácil contra Edgar.

Palpite: Edgar vence por decisão.

3 - Tim Kennedy X Roger Gracie: Essa para mim é uma incógnita total. Roger Gracie é um grande lutador de Jiu Jitsu, sendo várias vezes campeão mundial da modalidade. No MMA Roger, que faz sua estreia no UFC, tem um cartel de 7 lutas, com 6 vitórias, sendo 5 por finalização e 1 por decisão. No Strikeforce, Roger sofreu sua 1ª derrota ao ser nocauteado no 1º round pelo ex-campeão da categoria Muhammed Lawal. Depois disso, Roger desceu para os médios, onde tenta a sorte no UFC. Seu oponente é o wrestler Tim Kennedy, que também vem do Strikeforce. Sendo um wrestler e não um trocador, entendo que pode ser uma boa vantagem para Gracie e seu Jiu Jitsu afiado.

Palpite: Roger Gracie vence por finalização.

4 - Gabriel "Napão" Gonzaga X Dave Herman: Napão vem de derrota polêmica, onde tomou vários socos na nuca que não foram coibidos pelo árbitro. Tem nova chance enfrentando agora o maconheiro Dave Herman. Herman, que cumpria a 2ª suspensão pelo mesmo motivo (uso de maconha), vem de 3 derrotas seguidas, para Stefan Struve, Roy Nelson e Minotauro, e deve lutar pressionado. Lembro-me dele de suas 2 últimas derrotas, para Nelson e Minotauro. Contra Nelson, ele levou um soco violentíssimo que o fez cair já apagado ainda no 1º round e, contra Monotauro, falou um monte de asneiras antes da luta, como, por exemplo, que Jiu Jitsu não serve para nada e ninguém mais ganha só com JJ. Minotauro deu um show de técnica e finalizou o falastrão com um arm-lock. Napão também tem excelente jogo de chão e sabe nocautear. Pode se aproveitar da pressão em cima de seu adversário para conseguir a vitória.

Palpite: Napão vence por finalização.

É isso aí. Segunda-feira que vem volto para confirmar ou não minhas apostas e comentar essas e outras lutas que tenham sido interessantes.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Brasil Campeão!

Então, o Brasil surpreendeu a todos e ganhou da temida Espenha por 3X0. Resultado sem dúvida inesperado. 

Não vou fazer aqui análises técnicas ou táticas do jogo ou do comportamento dos times. Deixo isso para os inúmeros comentaristas de jornal, rádio e TV.

Depois de tal resultado, me permiti fazer algumas observações:

1 - O time da Espenha é muito bom, formado com base no Barcelona e Real Madri, seus 2 melhores times. Seus jogadores são realmente muito bons e seu comando técnico extremamente competente. OK. Desde 2008 eles ganham tudo o que disputam. Maravilha. Só que tem um aspecto aí. E isso é uma opinião minha, de não-especialista no assunto, apenas de um cara que gosta de futebol. Embora bem treinado, com bons jogadores e ótimo entrosamento, sempre achei muito chato e burocrático seu jogo. Para mim, a Espanha é o Georges St-Pierre do futebol. Vai cadenciando o jogo, tocando a bola para lá e para cá até que consegue o gol. Acontece que, a Espanha tem muita posse de bola, mas arremata pouco (proporcionalmente à essa posse de bola) ao gol. O jogo contra o Taiti não conta. Era um time semi-amador. Mas, mesmo assim, o futebol da Espanha vinha conquistanto todos os títulos que passavam pela sua frente, inclusive Copa do Mundo e Eurocopa;

2 - Parece que a fórmula se esgotou. Quinta-feira, contra a Itália, ficou claro que a coisa não estava 100% com a "Fúria". Vamos deixar para lá que Xabi Alonso e Fabregas não jogaram. Desfalques são comuns no futebol. O Brasil jogou sem Pelé em 62 e foi campeão mesmo assim. Sem desmerecer a Itália, mas ela não era considerada por ninguém como tendo condições de suplantar a Espanha. Mesmo assim complicou muito a vida dos espanhóis e mostrou o caminho das pedras para outros times. Não ganhou, é bem verdade, mas perdeu nos pênaltis. Ali, qualquer uma das seleções poderia ter sido a vencedora;

3 - A Espanha está sendo vítima de seu próprio sucesso. Arrogante e com excesso de confiança, achando que ganharia de qualquer um ao natural. Como bem escreveu o cronista esportivo Augusto Mafuz, aqui de Curitiba, antes do jogo: "Só se eterniza no futebol a seleção que derrota os brasileiros". Perderam;

4 - O Brasil, que chegou desacreditado - e com razão - não só ganhou da Espanha, como o fez com sobras. Acredito que nem o torcedor mais otimista esperaria um jogo tão fácil como esse. A Espanha deu apenas uns dois arremates a gol e ainda perdeu um pênalti. Os nomes dos craques Xavi e Iniesta praticamente não foram citados na transmissão;

5 - Como o brasileiro não se cansa de seu bom e velho complexo de vira-lata (já escrevi sobre isso aqui), antes mesmo da bola rolar já existiam "desculpas" para o sucesso da seleção brasileira. Li e ouvi várias delas. As mais comuns foram: "Já está tudo armado para o Brasil ser campeão, assim o pessoal fica feliz e acabam os protestos". Como os protestos logo após o jogo demonstraram, se foi o caso de armação, não deu certo. E outra: "Se o Brasil ganhar será porque a Espanha estará cansada depois do jogo de 120 min. contra a Itália". Pode até ser, mas e daí? Quem vai lembrar disso depois?

Sem ufanismo ou patriotada, mas o que fica para a história é o resultado humilhante para a Espanha e mais um título para a seleção brasileira que, mesmo mal treinada, com pouco entrosamento e sem padrão de jogo, ainda consegue surpreender e, ás vezes, encantar. 

O que isso significa em relação a Copa do ano que vem? Não muito, a não ser que é perceptível uma evolução que deve continuar e que, com sequência de jogos e entrosamento, contando com jogadores voluntariosos, um craque e um goleador pode dar resultado.

Daqui a um ano teremos a resposta.