terça-feira, 23 de julho de 2013

O Homem de Aço - Análise

Tudo bem, eu sei que esse filme já está em cartaz há mais de uma semana, pelo menos aqui em Curitiba, mas ainda não tinha encontrado tempo para falar a respeito. 

O Homem de Aço - Man of Steel (2013) é a mais nova adaptação ou tentativa de levar às telas o super-herói mais famosos de todos os tempos. 

Em 2006, o diretor Bryan Singer, trouxe uma versão chamada Superman - O Retorno, que contava com o confronto entre o Super-Homem e seu arqui-inimigo Lex Luthor, interpretado pelo ótimo Kevin Spacey. Acontece que o filme é uma porcaria total, que nem o talento de Spacey consegue salvar. Nesse novo filme, o vilão não é muito conhecido, sendo ele o General Zod. 

Em O Homem de Aço, acompanhamos a trajetória do Super-Homem a partir seu nascimento, pouco antes da destruição de seu planeta natal Krypton. Aqui, entendemos o porque de Krypton ter sido destruído: uso indevido e exploração sem limites dos recursos naturais. Até aqui aproveitam para enfiar goela abaixo dos incautos a paranóia ecológica. Ante a destruição iminente de seu planeta, Jor-EL (Russell Crowe), o pai do Super-Homem, decide enviar seu único filho para a salvação, justamente no planeta Terra, onde ele, Kal-EL (Henry Cavill), terá poderes extraordinários. Acontece que Jor-EL deve driblar seu outrora amigo e agora algoz General Zod (Michael Shannon), que não quer permitir o envio de Kal-EL à Terra. Zod e seus comparsas, após uma tentativa de golpe de estado, são presos em uma espécie de buraco negro, de onde conseguem escapar para ir atrás de Kal-EL, afim de utilizarem seu código genético para construir na Terra um novo Krypton. A missão de Kal-EL/Super-Homem é impedir que isso ocorra, pois para a Terra se tornar outro Krypton, toda raça humana deverá desaparecer.

Esse é o resumo da coisa. Esse filme, em relação com o de 2006 é um pouco menos ruim, o que não quer dizer de maneira alguma que possa ser considerado bom. Claro, seus efeitos especiais são ótimos, etc. e tal, mas hoje em dia é obrigação que os efeitos sejam bons, certo? A história é fraca e subverte totalmente o que conhecíamos de Super-Homem. Ao tentar dar nova dinâmica ao personagem, os roteiristas pisaram feio na bola. Tentaram das uma dimensão mais perturbada ao personagem. Aqui, ele não se aceita direito e está sempre fugindo dele mesmo e daquilo que será sua missão de fato. Herói perturbado é coisa para o Batman. Aliás, o Batman (dessa trilogia do Christopher Nolan) é perturbado e com razão. Na minha opinião, o Batman é mais um justiceiro do que um herói. Voltando ao Super-Homem, essa tentativa de humanizá-lo não ficou nada boa. Acho que o diretor tentou deixá-lo menos "coxinha". Não precisa. O Super-Homem sempre foi meio coxinha. É uma característica sua.

Em relação ao enredo em si, só posso dizer que os filmes (apenas os 2 primeiros) da série estrelada por Christopher Reeve como Super-Homem são bem superiores. Os atores e a estória em si são bem melhores, tornando o filme muito mais envolvente e divertido. Essa, inclusive, é uma falha e tanto dessa versão, pois o filme não tem humor em momento algum, tornando-se chato em várias sequências.

Em se tratando de elenco, a coisa piora ainda mais para O Homem de Aço, pois no 1º Superman, de 1978, Gene Hackman rouba a cena como Lex Luthor. Apesar de nunca ter sido um grande ator, Christopher Reeve é muito mais convincente como Super-Homem do que Henry Cavill. Até a eterna mocinha Lois Lane, que é interpretada agora por Amy Adams, era muito mais carismática (e chata) e tinha mais importância na época em que foi vivida por Margot Kidder. No filme que veio na sequência, Superman II (1980), o vilão é o mesmo General Zod, interpretado por Terence Stamp, que diga-se de passagem fez um vilão muito mais legal do que Michael Shannon. Aqui faço um aparte, pois várias críticas que li sobre O Homem de Aço, afirmavam que Michael Shannon roubava a cena como vilão. Na minha opionião não é bem por aí a coisa. Embora não seja nada difícil de se roubar a cena de um Super-Homem sem graça como Henry Cavill. Da maneira como a coisa é dita, até parace que ele está no mesmo nível do Coringa de Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas. Nada  a ver. Heath Ledger sim, conseguiu roubar não só a cena, mas como o filme todo, o que não deve ter sido tarefa fácil, pois Christian Bale é, comparativamente falando, um ator infinitamente superior a Henry Cavill.,

Então a coisa fica assim: se você gosta de super-heróis, muitos efeitos especiais, muitas explosões e pouco conteúdo, assista sem medo. Mas, se você acha que, mesmo sendo um filme de super-herói, a estória e a trama ainda são partes importantes do conjunto, assista assim mesmo, mas depois aconselho a tentar achar os filmes antigos, muito mais interessantes, divertidos e bem humorados.

    

Um comentário:

  1. Com certeza!!! Ótima análise do Cesar desse blockbuster com muito efeito e pouca estória. E aquela do Jonathan Kent ser levado pelo furacão? Deus do céu!!! Filme sem clima. chato na pretensão de colocar o super homem como alien. Bom mesmo só os primeiros...

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