terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Discoteca Básica de Rock Volume V Parte I



Seguindo a linha de apresentar os posts da Discoteca Básica por temas, vou começar um tema que vai abranger 4 ou 5 posts.

O tema que escolhi foram os grandes festivais de Rock que ocorreram no final dos anos 60 e começo dos 70. Para montar os próximos posts, vou explorar discos de bandas que tocaram nos festivais de Monterrey de 67, que foi o 1º grande festival de Rock do mundo, Woodstock, o mais famoso e da Ilha de Wight, que foi um dos últimos e pode ser considerado uma despedida do Flower Power.

No post de hoje 5 artistas que tocaram em Monterrey:


Eric Burdon and The Animals – The Animals (1964)

Aqui vou dar uma forçadinha, pois quem tocou em Monterrey foi o Eric Burdon and The Animals e aqui falo da banda simplesmente chamada The Animals que deu origem a essa. O que acontece é que o The Animals original, que contava com o mesmo Eric Burdon nos vocais, foi extinto em 66 e reformulado por ele como Eric Burdon and The Animals. Porém, como o The Animals original é mais importante, faço aqui uma jogada para falar dele.

O que é possível dizer, para quem não conhece o The Animals é que, tirando os Rolling Stones, eles foram a banda baseada em R&B mais importante e influente da Inglaterra na 1ª leva do fenômeno conhecido como British Invasion (várias bandas inglesas de meados dos anos 60, a partir dos Beatles, desembarcaram e fizeram sucesso estrondoso nos Estados Unidos).

A versão americana desse disco de estreia foi lançada apenas um mês antes da versão inglesa e trás provavelmente a música mais conhecida dos caras e com certeza um clássico absoluto do Rock de todos os tempos: House of the Rising Sun.



Simon and Garfunkel – Bridge Over Troubled Water (1970)

Paul Simon e Art Garfunkel formaram o dueto de folk-rock de maior sucesso nos anos 70. Você pode querer argumentar comigo e perguntar quantos duetos de folk-rock haviam na época, mas o fato é que os caras eram muito bons, com ótimas composições imortais de Simon e um vocal extremamente afinado e melódico de Garfunkel caindo como uma luva em suas músicas.

Simon and Garfunkel sempre são sutis, nunca te agridem. É um deleite.

Eles lançaram vários trabalhos interessantes desde 64, porém escolhi Bridge Over Troubled Water, de 70 por ter músicas belíssimas, além da faixa-título que foi também gravada por ninguém menos que o Rei Elvis Presley.




The Byrds – Mr. Tambourine Man (1965)

A mais importante e influente banda de folk-rock americana era liderada por Roger McGuinn e tinha como integrante nos primeiros tempos David Crosby.

Foram muito influenciados por Bob Dylan, de quem gravaram algumas músicas, e pelos Beatles.

Não é uma das minhas bandas favoritas, mas certamente é das mais importantes e por isso está aqui.

Esse disco é considerado um dos melhores trabalhos de estreia de todos os tempos. Também é aclamado como sendo o responsável por consolidar o folk-rock como um fenômeno popular na época.

É discoteca básica indiscutivelmente. Até para quem não é tão entusiasta.



 
Buffalo Springfield – Buffalo Springfield (1966)

Considerada logo depois do The Byrds como a mais influente e importante banda americana de folk-rock/southern rock. O Buffalo Springfield lançou 3 discos entre 1966 e 1968, mas foi o suficiente para deixar sua marca. Todos os discos podem ser considerados no mesmo nível, mas aqui escolhi tratar do 1º que tem uma de minhas músicas preferidas.

O simples fato de ter reunido Stephen Stills e Neil Young na mesma banda já seria suficiente para fazer com que esse fantástico disco já fosse listado entre meus 100 básicos de Rock. 

Mas o fato é que além disso o disco é sensacional, com músicas belíssimas e marcantes como For What It’s Woth, que é muito conhecida como trilha sonora de vários filmes que retratam a época e a Guerra do Vietnam. 

Evidentemente um trabalho composto exclusivamente por Neil Young e Stephen Stills não poderia ser outra coisa que não excelente.



  
Grateful Dead – American Beauty (1970)

Liderados pelo carismático cantor/compositor Jerry Garcia, o Grateful Dead é um fenômeno de longevidade e objeto de adoração por parte de seus fãs mais abnegados, muitos dos quais além de celebrizarem a banda a seguiam para todo e qualquer lugar que ela fosse se apresentar. Tais fãs eram chamados de “Deadheads” e transformaram o Grateful Dead em objeto de culto.

Além de ser extremamente adorada, o Dead foi extremamente influente na cena rocker de São Francisco nos anos 60, sendo Jerry Garcia uma espécie de mentor ou guru musical e espiritual para vários artistas famosos como o Jefferson Airplane.

Eu não sou muito fã do Grateful Dead, mas reconheço que os caras sabiam fazer músicas belas e com qualidade. 

Esse disco é meu favorito deles e tem músicas excelentes e belíssimas. Se você ainda não conhece o Dead, esse é o caminho certo. 

Músicas-chave: Box of RainFriend of the DevilSugar Magnolia, e Truckin'.

Semana que vem tem mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário