Continuando a série Discoteca
Básica com foco nos festivais que aconteceram no final dos anos 60 e começo dos
70, inicio hoje a 1ª de duas partes sobre discos de artistas que se
apresentaram em Woodstock, o festival mais famoso de todos os tempos.
Os 5 primeiros de Woodstock são:
Santana – Santana (1969)
Grande disco de estreia do fantástico
guitarrista mexicano Carlos Santana. Santana é um excelente guitarrista, mas isso
nem preciso dizer. O mais legal sobre o artista e seus discos é a maneira como
ele misturou elementos de ritmos latino e caribenhos com Rock e até um pouco de
Jazz. O cara é realmente
talentoso. Na verdade Santana é o nome da banda de Carlos Santana. Outra
coisa interessante é que ele, embora seja o guitarrista e líder da banda, raramente assume os vocais.
Esse primeiro disco é realmente
muito bom, com grandes músicas que se tornariam clássicos. Aqui já é possível
perceber o que os caras tinham para oferecer, mesclando muito bem faixas cantadas e instrumentais,
terminando na antológica Soul Sacrifice, que foi apresentada ao vivo em
Woodstock.
Mountain – Climbing (1970)
Podendo ser considerada como
sucessora ou herdeira direta do Cream, essa grande banda americana de
Hard/Blues-Rock surgiu da união do grande guitarrista Leslie West e do produtor/instreumentista
Felix Pappalardi.
A ideia inicial era lançar um
disco solo de West e produzido por Pappalardi chamado Mountain, mas o projeto
evoluiu para uma banda que imediatamente foi chamada de Mountain. Seu primeiro
disco é esse apresentado aqui: Climbing.
Depois de uma performance de
estreia em Filmore West in julho de 69 eles partiram direto para o palco de
Woodstock onde fizeram uma apresentação magistral de Theme For an Imaginary
Western de Jack Bruce (ex-baixista e compositor do Cream). A música For Yasgur's Farm, logicamente é uma referência à fazenda da familia Yasgur que foi o local em que realmente aconteceu o festival de Woodstock e não propriamente na localidade de Woodstock, pois havia sido impedido pelo poder local.
Disco sensacional com o bom e
velho Rock’n Roll sem frescura. Escute bem alto!
Músicas-chave: Mississippi Queen, Theme For an Imaginary Western, e For Yasgur's Farm.
Creedence Clearwater
Revival – Cosmo’s Factory (1970)
Talvez pouca gente saiba disso,
mas o Creedence Clearwater Revival se apresentou em Woodstock de madrugada. Isso
mesmo. Os caras contaram depois que estava tudo tão escuro que, quando
começaram a tocar, não tinham a menor ideia se havia alguém ali para
assistí-los. Só depois dos aplausos para as primeiras músicas é que conseguiram
relaxar.
Gosto muito desse disco aqui. Depois
de Willie and the Poor Boys, é meu favorito. Tem músicas excelentes e bem
mescladas. O disco é rápido pois corre o tempo todo e não cansa em nenhum momento.
Ouça e comprove o que digo.
Músicas-chave: Run Through the Jungle, Who'll Stop the Rain, I Heard it Through the Grapevine, e Long as I Can See the Light.
Janis Joplin – I Got Dem Ol’ Kosmic Blues Again Mama! (1969)
Frequentemente considerada como a
maior cantora branca dos anos 60 e uma das maiores vozes femininas do Rock de
todos os tempos, Janis Joplin é sem dúvida um show a parte. Não gosto muito
dessas definições do tipo o maior de todos etc., mas sem dúvida Janis tem
pouquíssimas rivais no Rock. Entendo que Grace Slick, do Jefferson Airplane,
apesar de um timbre diferente e voz mais cristalina do que Janis, está no mesmo
nível dela.
Esse disco em questão é o que
contem minhas músicas favoritas dela. Nele, Janis Joplin foi acompanhada pela
Kosmic Blues Band, responsável pelos metais marcantes em músicas magníficas
como Maybe.
Músicas-chave: Try, Maybe, e Kosmic Blues.
The Who – Tommy (1969)
Tommy é a primeira opera-rock da
história. Além do ineditismo, esse disco é simplesmente fantástico. Tem que ser
ouvido de cabo a rabo como um todo que é.
É indispensável e obrigatório
para qualquer fã de Rock.
Para mim o The Who é uma das
melhores bandas de todos os tempos e também a que melhor personifica o rock
puro, sem frescuras ou firulas.
Com um time de primeira formado
por Pete Townshend na guitarra, John Entwistle no baixo, Roger Daltrey nos
vocais e o cara que é considerado como o mais maluco de toda a história do
Rock, Keith Moon, na bateria, o The Who não decepciona nunca. É porrada na
certa.
Em sua aparição em Woodstock,
o The Who fez uma apresentação antológica de We're Not Gonna Take It (See Me Feel Me ), uma das músicas de Tommy. Vocês podem
conferir o vídeo no link abaixo.
Músicas-chave: 1921, Christmas, The Acid Queen, Pimball Wizard, Go to the Mirror, e We're Not Gonna Take It (See Me Feel Me).
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