terça-feira, 16 de abril de 2013

Discoteca Básica de Rock Volume XV

Finalmente chego ao fim da minha série Discoteca Básica de Rock. Como disse quando a inciei, a idéia era apresentar 100 bons discos de rock que poderiam interessar a quem já gostasse ou tivesse interesse em rock'n roll de verdade. Evidentemente que tive que fazer diversas escolhas, o que deixou de fora vários discos e artistas, mas acho que já é um bom ponto de partida. Se tiver conseguido despertar o interesse ou abrir horizontes de apenas 1 pessoa, para mim já valeu.

A Discotca Básica de Rock em números:

5 discos por semana
20 semanas
100 discos
85 artistas diferentes
350 links para músicas

Deu um trabalhão. Com certeza não farei a parte 2.

Os últimos 5 discos são: 


Traffic - Mr. Fantasy (1967)

O Traffic é uma banda com sua história cheia de idas e vindas. Começou como um projeto comunitário de 4 amigos que, deveriam compor, morar e gravar juntos e em colaboração. Centrado na figura do compositor/vocalista/tecladita/guitarrista Steve Winwood (ex-Spencer Davis Group), a banda começou com altos e baixos logo em seu início, pois o guitarrista Dave Mason muitas vezes compunha sozinho, tomando para si o lugar de força criativa no grupo. Isso, obviamente, desagradou seus companheiros. A princípio Mason, depois de lançado o 1º disco, saiu da banda. Isso causou problemas para os membros restantes atuarem como um trio, os forçando a chamar Mason novamente para compor o grupo. Mason retornou e eles lançaram o disco chamado simplesmente de Traffic. Pouco depois de iniciar a turnê dos disco, Mason foi despedido pelos demais integrantes. Depois, foi a vez de Windwood deixar a banda para se juntar ao Blind Faith dos remanescentes do Cream Eric Clapton e Ginger Baker, ao mesmo tempo em que os outros membros do Traffic, Jim Capaldi e Chris Wood se uniram novamente à Mason e ao tecladista Wynder K. Frog, para retomar a banda. O Blind Faith só lançaria um álbum, fato esse que fez com que Steve Winwood lançasse carreira solo. Não demorou muito e ele chamou os ex-companheiros Jim Capaldi e Chris Wood para se juntar a ele e logo retomaram o Traffic, mais uma vez.

Mr. Fantasy é o 1º trabalho do Traffic e um disco fantástico. Foi lançado mais de uma vez em diferentes edições, pois, logo na 1ª foram deixadas de ledo as músicas compostas por Dave Mason que havia deixado o grupo. Nos EUA, a mudança foi tão drástica que o próprio nome do disco foi alterado para Heaven Is In Your Mind. Apenas em 2000 o selo Island lançou as gravações originais em mono, completas e com mais algumas bônus tracks, incluindo alguns singles de sucesso que haviam sido lançados anteriormente à Mr. Fantasy.


Alice Cooper - Love it to Death (1971)

Originalmente havia uma banda chamada Alice Cooper, liderada pelo vocalista Vincent Damon Furnier. Sob sua liderança, o Alice Cooper foi uma das primeiras bandas a adotar uma temática bem teatral, mesclando violência com o hard rock unicamente com o objetivo de chocar. Depois que o grupo se desmentelou, Furnier assumiu para si o nome Alice Cooper e se lançou em carreira solo. Na ativa até hoje, seus shows não tem mais tanto exagero e apelação como antes, mas ele ainda se mantém como o rei do rock chocante.

Love It To Death é um clássico do hard rock, tendo sido produzido pelo lendário Bob Ezrin. Com sua assistência, a disco chegou ao número 35 nas paradas e emplacou a 21ª posição com o hit I'm Eighteen. Além de I´m Eighteen, e de seu outro hit, Is It My Body, o disco é muito sólido e permite uma audição consistente do seu início ao fim.



Uriah Heep - Salisbury (1971)

Para quem não seba, o Uriah Heep foi uma das mais importantes e populares bandas de hard progressivo do início dos anos 70, mesclando muito bem elementos carcterísticos do progressivo com o peso típico do hard rock da época. O resultado é excelente. A banda tinha uma formação com músicos extremamente talentosos como David Byron e Mick Box, além do genial Ken Hensley. A banda começou a experimentar uma queda de popularidade em 75 e, quando Byron deixou a banda em 77, sua derrocada estava completa. Apesar disso, seus remanescentes tentarem deixar a banda viva, não parando de lançar discos durante os anos 80, 90 e 2000. Porém, hoje o Uriah Heep não é nem sombra do que já foi um dia.  

Salisbury é o 2º disco da banda e apesar da crítica preferir Demons and Wizards, prefiro Salisbury a qualquer momento. É um disco excelente, sendo bem perceptível as influências tanto do hard rock, como do rock progressivo. A diferença em relação a outras bandas que tinham as mesmas raízes é que o Uriah Heep conseguia fazer muito bem a transição e mescla entre os 2 estilos.

Músicas-chave: The ParkTime to LiveLady in Black.

Aerosmith - Aerosmith (1973)

O quinteto de Boston, liderado pelo cariamático vocalista Steven Tyler, foi um dos maiores sucessos dos anos 70. Apesar do enorme sucesso que a banda conseguiu durante os anos 70, a banda passou por vários problemas sérios como a saída de alguns membros originais importantes como o guitarrista Joe Perry e os abusos de drogas e álcool que também assombravam  os membros. Eles voltariam em grande estilo depois da regravação de Walk This Way, pelo grupo de hip hop Run-DMC, em 1986. A partir daí, a banda estava pronta para sua volta triunfal, emplacando vários sucessos desde então.
Seu disco Toys in the Attic, de 75 marcou a arrancada comercial e artística do Aerosmith, mas prefiro os anteriores, principalmente o 1º, chamado simplesmente Aerosmith. Na verdade não sou grande fã da banda, mas reconheço a importância e considero seu 1º disco muito bom e merecedor de toda atenção.

Músicas-chave: Make ItDream OnMama Kin.


Kiss - Dressed to Kill (1975)

Claramente inspirado na teatralidade de Alice Cooper, o Kiss dispensa comentários. São imediatamente reconhecidos por qualquer um em qualquer lugar. Foi uma das bandas de hard rock mais populares dos anos 70, principalmente entra os adolescentes. Para esses o visual era mais importante do que a música em si. Claro que o Kiss tinha também apelo musical, fazendo um rock simples, descomplicado e muito legal de se ouvir.

Dressed to Kill foi o 3º disco dos caras e corresponde à grande virada comercial da banda. Foi o disco de Rock and Roll All Nite, o maior hit do Kiss até hoje. Puxado pelo sucesso de Rock and Roll All Nite, o disco foi um enorme sucesso, chegando ao Top 40 doa charts americanos. A música C'Mon and Love Me fez grande sucesso em Detroit, dando ao Kiss, pela 1ª vez o gosto de ter um sucesso tocado em rádio. Dressed to Kill pavimentou o caminho para o que viria a seguir: o maior sucesso comercial da banda, Kiss Alive!


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