quinta-feira, 18 de abril de 2013

EUA, Novamente

Está feia a coisa para os americanos, principalmente para o Obama. Certamente essa não é uma das melhores semanas em sua história.

- Segunda-feira: um atentado terrorista durante a maratona de Boston matou 3 pessoas e feriu mais de 150;

- Terça-feira: um helicóptero militar que realizava um treinameno caiu perto da fronteira com a Coréia do Norte, bem em um momento onde as tensões estão à flor da pele na península coreana;

- Querta-feira: o congresso americano rejeita a proposta de Obama para maior controle na venda de armas.

Como se vê, a semana não está sendo das mais agradáveis para os americanos, principalmente para o mais importante (por enquanto) deles, o presidente.

Escrevi ontem sobre esse terrível e covarde atentado que foi realizado durante a maratona anual de Boston. Deixando de lado os aspectos inomináveis dessa agressão, coloquei que as autoridades americanas não haviam ainda usado o termo correto para se referir ao ato, que foi terrorista. Ontem, o ato já estava sendo classificado como terrorista. Especulei que ficaria mal para Obama ter um ataque terrorista em seu quintal, algo que não acontecia desde o 11 de setembro de 2001. Disse também que isso arranharia a imagem que Obama vinha construindo. Li, ontem, na Folha Online, um artigo que corrobora meu pensamento. Se tiverem paciência leiam aqui.

A jornalista que assina o artigo, escreveu ontem quase o mesmo que eu havia escrito anteontem, sobre as consequências políticas de um ato terrorista em solo americano justamente na gestão de Obama. Começa a ser visto como fraco e incapaz de defender seus cidadãos em seu próprio lar. A diferença é que ao contrário da jornalista, nunca, em momento algum achei que Obama fosse ou passasse uma imagem de durão. Muito pelo contrário, sempre me pareceu um molenga. Só não é mais molóide do que o plantador de amendoins Jimmy Carter, provavelmente o pior presidente que os EUA já tiveram.

Porém, como boa jornalista engajada e provavelmente de esquerda, a articulista não poderia deixar de dar uma de militante, comparando duas situações e momentos distintos, atacando o então presidente Bush, que, quando foi informado do ataque sofrido em Nova Iorque ficou com um "ar aparvalhado", segundo ela. O que ela esperava? Sem querer defender Bush, mas o que ocorreu naquela ocasião foi muito mais chocante. Qualquer pessoa minimamente normal ficaria com uma expressão de perplexidade. Ou não? Não foi mostrado em vídeo, mas qual terá sido a expressão facial de Obama quando ficou sabendo do atentado desta segunda? Deu risada? Deu de ombros? Ou será que também ficou chocado? No caso de Obama ele só apareceu depois para o pronunciamente oficial, falando grosso e dizendo que vai prender e arrebentar, etc. É bom que faça isso mesmo. E, se conseguir, não fez mais do que sua obrigação.

Gostaria de comentar também, a notíca de ontem, sobre a derrota do governo na questão do projeto do controle de armas. Em um pronunciamento, ao falar sobre o assunto, Obama mostrou que, na verdade é um líder de papelão e se igualou à seu colega, o falastrão e boquirroto ex-presidente brasileiro, Luis Inácio Nunca-sei-de-nada da Silva, que, quando que sofria alguma (rara) derrota no congresso ou não conseguia o que queria, ficava chorando pelos cantos e se sentindo injustiçado, pois não fizeram o que ele desejava. 

Obama provou que seria um perfeito presidente populista da pior espécie do terceiro mundo, já que, como não teve o que queria, classificou como " vergonhosa" a legítima rejeição do senado americano à proposta do controle de armas. Obama não tem do que reclamar, não. Faz parte do jogo democrático. Pode perder ou ganhar. Dessa vez perdeu. Como bom terceiro mundista autoritário que é, não aceitou a decisão dizendo que perdeu apenas o 1º round, mas que ainda vai tentar aprovar o projeto. 

A questão aqui é muito mais ampla do que um projeto de lei para a verificação dos antecedentes de todos que pretendem adquirir uma arma de fogo nos EUA. A idéia parece lógica e sensata e ninguém em sã consciência se oporia à uma checagem do gênero. O que ocorre é que a derrota foi boa. 

- Mas por que se você mesmo disse que a iniciativa é válida? Você me pergunta. 

Muito simples. Tanto nos EUA, como aqui no Brasil, existe um grande movimento desarmamentista, cujos objetivos, além do óbvio de desarmar a população civil honesta e trabalhadora, não são muito claros. A justificativa de se desarmar o cidadão para evitar crimes é ridícula e não se sustenta à 2 minutos de questionamentos. Aqui, a coisa foi imposta na marra, e, mesmo com a derrota no referendo do desarmamento, o governo, desrespeitando mais uma vez a vontade da maioria, tornou praticamente impossível a aquisição de arma de fogo pelo cidadão de bem.

Nos EUA existe a mesma pressão por parte dos tarados desarmamentistas, dos quais Obama claramente faz parte. São uns oportunistas baratos que pegam um caso de exceção, mas de grande comoção pública, como o atentado na escola em Connecticut. Usam politicamente uma tragédia para atingir seus objetivos. 

Aqui foi a mesma coisa. A diferença é que os EUA tem 300 milhões de armas e uma taxa de homicídios de 4,2 por 100 mil habitantes. Aqui não se sabe ao certo quantas armas registradas e legais existem. Alguns falam em 2 milhões e, mesmo assim, com uma legislação extremamente restritiva, o número de homicidios por grupo de 100 mil habitantes é de 27,4, praticamente 7 vezes mais alta.

Acontece que o povo americano tem muito mais consciência de seus direitos do que os brasileiros e não vão cair na primeira cascata que contarem para eles. O direito de adquirir e portar armas de fogo é cláusula constitucional (2ª Emenda). Caso fosse aprovado o projeto que, a princípio parece bom e legítimo, seria apenas o começo. É aquela história do dar a mão que o outro já quer o braço inteiro. A coisa não pararia. Sempre iriam querer mais. Mais restrições e dificuldades para se comprar armas. É sempre assim. Por isso, não dá para ceder a primeira vez. Pois certamente haverá a segunda, a terceira e assim por diante. Isso não se aplica apenas ao caso das armas não, mas a qualquer tentativa de subtração de direitos, sejam eles quais forem.  

Vamos ver se agora, depois desse atentado terrorista de segunda-feira, Obama vai propor o fim da venda dos materiais que foram utilizados na confecção das bombas, como panelas de pressão, pregos, parafusos, etc.

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