quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Discoteca Básica de Rock Volume VII

Dando sequência à Discoteca Básica, trago hoje 5 discos de 5 artistas solo dos mais importantes e que ainda não havia tratado. Ficou bem eclético.

São eles:


Bob Dylan - Blonde on Blonde (1966)
 
Tentar medir a influência e importância de Bob Dylan para o rock ou pop é simplesmente impossivel. Se considerarmos os anos 60, ele só encontrava rivalidade nos Beatles, que também foram claramente inspirados por ele.

Dylan passeou por várias vertentes do rock/folk/blues/country fazendo parcerias sensacionais como com The Band e outras pouco prováveis como com o Grateful Dead. É possível fazer um disco do gênero The Best Of apenas com suas músicas que foram interpretadas por outros nomes famosos como Jimi Hendrix, The Band, Joe Cocker, Jeff Beck Group, The Birds entre outros. Bob Dylan também inovou em outro aspecto, provando que podia cantar, mesmo com uma voz ruim e anasalada como a dele. 

Escolhi o álbum duplo Blonde on Blonde para representá-lo aqui. É um de seus melhores e mais conhecidos trabalhos.Sem maiores comentários. É ouvir e entender do que se trata e do porque de tanta influência.

Cat Stevens - Tea for the Tillerman (1970)

Mais um exemplo de artista orientado pelo folk-rock. Assim como a maioria dos outros que também são adeptos do gênero, Cat Stevens é excelente. Quem nunca ouviu não sabe o que está perdendo. Cat Stevens faz um som basicamentwe acústico e de alta qualidade, com músicas belíssimas tanto em melodia como em letras. Não há como sentir nada além de uma profunda paz e bem estar quando se ouve Cat Stevens.

Tea for the Tillerman é o 4º trabalho de Cat Stevens e ao lado de Mona Bone Jakon e Teaser and Firecat, forma a trinca essencial de seu trabalho. Também foi o disco que o colocou nas paradas americanas, atingindo o Top 20 dos EUA e chamando a atenção para Mona Bone Jakon, lançado anteriormente.

Ele ainda lançaria mais alguns discos durante os anos 70, especificamente até 78, quando deu uma guinada inesperada em sua vida, se tornando muçulmano e sumindo por muitos anos. Cat Stevens só voltaria a cena musical em 2006, agora se chamando Ysuf Islam, para lançar um novo disco e, em 2009, para gravar um cover de George Harrison de The Day the World Gets 'Round, em parceria com Klaus Voormann, que tinha uma relação muito próxima com os Beatles.



Elton John - Tumbleweed Connection (1970)

Você leu direito sim. Vou falar de um disco do Elton John. Esqueça o Elton John ridículo dos anos 80 em diante. No começo dos anos 70 ele era brilhante. Seus discos e músicas são sensacionais e você tem que ter um disco dele ao menos. Sem contar que o cara foi um enorme vendedor de discos até o finalzinho da década de 70 quando admitiu, em uma entrevista à revista Rolling Stone, que era bissexual. Mais tarde ele admitiria que na realidade é homossexual mesmo, gerando uma reação bastante negativa por grande parte de seus fãs. Mas isso não interessa. O que interessa mesmo é a obra em si e essa, pelo menos nessa época, é fantástica.

Tumbleweed Connection é um dos 3 melhores discos de Elton John e foi meu escolhido por não ser muito conhecido e ter músicas excelentes, que demonstram grande maturidade do artista. Além disso, dessa vez, Elton Jonh e seu parceiro de composições Bernie Taupin, resolveram se arriscar, não seguindo a fórmula de sucesso que já estava consagrada. Ao invés disso, fizeram um álbum quase experimental abordando a temática do oeste americano. O resultado você pode conferir abaixo.




Neil Young - Harvest (1972)

Neil Young é certamente um fenômeno. Considerando suas composições só pode ser comparado a Bob Dylan, mas com a vantagem de que desde que deixou o Buffalo Springfield, nunca parou de compor e lançar discos. Tirando os trabalhos que fez em parceria com o Crosby, Stills e Nash, conseguiu um feito incrível, de lançar 12 discos em 11 anos, sendo todos excelentes.

Escolhi Harvest por ser considerado seu trabalho mais conhecido e também por ter sido o 1º disco dele que comprei. Sem contar que é um dos poucos discos perfeitos. Todas as músicas são ótimas. Não há uma ressalva sequer. Certas coisas só vem com o tempo e o amadurecimento. Quando adolescente, mas já interessado em rock clássico, achava que Neil Young deveria ser só um caipira chato. Apesar de canadense, ou por causa disso, meio caipira ele é realmente, mas longe de ser um chato. Assim que tive a sorte de escutar Harvest pela primeira vez, um novo mundo de abriu para mim e hoje Neil Young é um dos meus 5 artistas favoritos. 

Se você ainda não ouviu nada dele, comece por aqui.

Músicas-chave: Out on the WeekendHeart of GoldOld Man.


David Bowie - Ziggy Stardust (1972)

Me desculpem mas vou usar aqui o mais que batido chavão "camaleão do rock" para falar de David Bowie. É batido, mas é a mais pura verdade, afinal que outro artista conseguiu tão bem se reinventar e perceber os rumos e tendências musicais e a elas se adpatar tão naturalmente? Só ele mesmo.

A obra de David Bowie começa no final dos 60, mas foi no começo dos 70 que ele realmente chegou lá. Com Space Oddity ele já mostrava do que era capaz, mas foi com o lançamento de The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars que ele ganhou o mundo.


Chamado apenas de Ziggy Stardust, o disco é uma obra simplesmente fantástica. Bowie não apenas compôes e gravou um disco, por mais excelente que esse seja, mas criou para si um personagem que transcendia o próprio Bowie. Ziggy Stardust é uma obra obrigatória em qualquer coleção mediana de rock. É um disco perfeito, sem falhas. 

Me lembro de quando comecei a levar rock a sério não gostava de David Bowie, até que ouvi um disco chamado Pin Ups, só de covers. Ali as coisas mudaram radicalmente e passei a ser fã de carteirinha do cara. Depois comprei o espetacular Space Oditty e só então cheguei em Ziggy Stardust. 

Maravilhoso. Ouça e comprove.

Músicas-chave: StarmanLady StardustZiggy Stardust.


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