quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Discoteca Básica de Rock Volume III



Dando sequência aos posts sobre Discoteca Básica, e continuando a relação de obras apresentadas por temas, hoje abordo 5 discos de um dos gêneros de rock mais apreciados e com numerosos fãs fiéis e dedicados: o Hard Rock.

Certamente que 5 discos é muito pouco para se falar desse enorme gênero tão popular, então, obviamente voltarei a ele em outras oportunidades.

Não farei aqui distinção de subgênero como Heavy Metal, etc. Classificarei todo som mais pesado como Hard Rock (que é muito mais abrangente) e pronto. 

Os 5 discos dessa semana são: 

Led Zeppelin – Led Zeppelin (1969)

Sem dúvida alguma o Led Zeppelin é uma das melhores e maiores bandas de todos os tempos, contando com os talentos de Jimmy Page na guitarra, John Bohan na bateria e o subestimado John Paul Jones no baixo e teclados, sem falar de Roberto Plant nos vocais.

Certamente alguém vai me xingar por ter escolhido esse disco específico, mas o fato é que esse é um daqueles discos de estreia que mostram logo de cara a que a banda veio. Cheio de músicas ótimas, com uma mistura sensacional de Rock e Blues da melhor qualidade.

Evidentemente que escreverei a respeito de outros trabalhos deles, mas, como esse disco é fantástico, resolvi começar pelo primeiro. 

Embora o Led Zeppelin seja uma grande banda com músicos de muita qualidade e composições excelentes, eu a considero como sendo uma das mais superestimadas, considerada por alguns, como a melhor do rock e outras besteiras.

Vamos parar com essa baboseira de essa ou aquela é a melhor banda. 

Isso simplesmente não existe. Existem grupos bons, médios e ruins. A melhor de todas, invariavelmente, vai ser a favorita da pessoa.

Voltando ao tema, acho que não é o melhor disco do Led Zeppelin para começar entender a banda (o mais fácil é o 4º disco chamado simplesmente de Led Zeppelin ou Led Zeppelin IV, mas desse trato em outra ocasião), mas é essencial mesmo assim.



Deep Purple – Machine Head (1972)

Não, machine head não é meu disco favorito do Deep Purple – meu favorito é o Deep Purple In Rock do qual escreverei em outra oportunidade – mas é o que tem os trabalhos mais conhecidos e marcantes. 

Isso não desmerece em absoluto esse verdadeiro clássico do rock, muito pelo contrário, sendo desse álbum alguns dos maiores sucessos dos caras, entre eles Smoke on the Water, que é dono de um dos riffs mais conhecidos.

Uma curiosidade em relação a essa música é que seu título, para quem não sabe, foi tirado de um episódio testemunhado pelo pessoal da banda, quando em Montreaux, durante a passagem de som de Frank Zappa com sua banda Mothes of Invention, estava chovendo e ocorreu um pequeno incêndio no palco onde estavam. A visão da fumaça do incêndio em contraste com a chuva batizou a música.

Você pode checar isso na letra mesmo, que abre com “We all came out to Montreaux”... e no segundo verso o seguinte: “Frank Zappa and the Mothers / Were at the best place around /But some stupid with a flare gun / Burned the place to the ground”.

Músicas-chave: Highway StarSmoke on the Water, Lazy




Black Sabbath – Black Sabbath (1970)

Outro grande disco de estreia de outra grande banda que ajudou a definir o Heavy Metal e influenciou um monte de outras bandas famosas.

Certamente a sonoridade do Black Sabbath não é nem de longe tão complexa e bem trabalhada como as de Led Zeppelin e Deep Purple, apesar do talento de Tony Iommy (guitarra) e o poderoso vocal de Ozzy Osbourne, porém nesse disco eles chegam bem perto.

Provavelmente Paranoid é o disco mais famoso do Sabbath, mas considero Black Sabbath muito superior musicalmente em todos os sentidos. As composições são bem mais elaboradas – incluindo 2 longas suítes – do que as que se apresentariam nos trabalhos futuros. É claro que seus discos subsequentes até e incluindo Sabotage, são muito bons e conseguem manter certo padrão, que depois não seria mais atingido. 

Um disco muito bom que mistura vários elementos fundidos para apresentar um som poderoso e com várias alternativas.




Rainbow – Ritchie Blackmore´s Rainbow (1975)

Uma das bandas de Heavy Metal mais famosas dos anos 70, o Rainbow foi formado pelo excelente guitarrista Ritchie Blackmore, que havia deixado o Deep Purple juntamente com o baixista Roger Glover. 

Para ser o front man da banda convocaram ninguém menos do que o carismático Ronnie James Dio, um dos maiores vocalistas de todo o rock.

Esse disco de estreia é realmente muito bom, contando com músicas muito bem arranjadas e executadas, como não poderia deixar de ser.

Musicalmente, o Rainbow tem uma semelhança muito grande com o Deep Purple, mas em momento algum parece uma cópia ou algo do gênero. Tem identidade própria.



AC/DC – Back in Black (1980)

Se você considerer o High Voltage gravado na Austrália em 74 como o primeiro (eles lançaram High Voltage e T.N.T em 74 e 75, respectivamente, e o material desses dois discos seria compilado no disco High Voltage, edição USA em 76), então Back in Black é o nono disco do AC/DC e o primeiro com o vocalista Brian Johnson, que substituiu Bon Scott, morto alguns meses antes.

Back in Black é, portanto, o disco da volta da banda, mesmo de luto. Por isso o título.

O fato é que Back in Black é de longe o maior sucesso dos caras, sendo o 3º disco mais vendido de todos os tempos, ficando atrás apenas do Thriller de Michael Jackson e The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd.

Uma crítica que se faz ao AC/DC é de que seus discos são sempre “mais do mesmo”, o que é totalmente verdadeiro. 

Parece, e não é de hoje, que eles lançam sempre o mesmo disco. É como os Stones.

Mas isso não interessa muito, pois o AC/DC é certamente uma das bandas mais divertidas de todos os tempos e Back in Black seu ápice.


Ah, só um detalhe que já ia me esquecendo... quando for ouvir esses discos, ouça bem alto! 

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